Última atualização: 25/01/2025
São Paulo viveu mais um dia caótico devido às fortes chuvas que atingiram a cidade nesta sexta-feira (24). O cenário de alagamentos foi registrado em diversas regiões, incluindo a estação de metrô Jardim São Paulo – Ayrton Senna, na Linha 1-Azul, onde a inundação forçou passageiros a se agarrarem nas grades para segurança.
A Defesa Civil emitiu alertas por SMS sobre a gravidade da situação, enquanto a cidade inteira entrou em estado de atenção para alagamentos. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, áreas de instabilidade formadas pela combinação da brisa marítima, calor intenso e alta umidade foram responsáveis pela tempestade que trouxe chuvas torrenciais e até granizo em regiões como as zonas Oeste, Norte, Leste e Centro.
Gestão municipal em xeque
A população, além de lidar com o caos gerado pelas inundações, questiona a falta de preparo e investimentos da Prefeitura no combate às enchentes. Dados levantados apontam que, entre 2021 e 2023, a gestão do prefeito Ricardo Nunes deixou de investir cerca de R$ 1,5 bilhão em ações voltadas para a prevenção de enchentes.
Essa ausência de investimentos é vista por muitos como uma das principais razões para a recorrência de problemas durante o período chuvoso. “A cidade mais rica da América Latina não pode conviver com situações como essa. É preciso uma gestão que esteja preparada para as mudanças climáticas e que priorize a infraestrutura urbana”, criticou um morador.
Chuva expõe vulnerabilidades da capital
Imagens de radar meteorológico confirmam que a tempestade foi intensa, com potencial para causar ainda mais estragos nas próximas horas. As autoridades pedem atenção redobrada da população e recomendam evitar áreas alagadas.
Com São Paulo se aproximando de seu aniversário de 471 anos, os moradores questionam se o que estão vivendo é um “presente de grego” da atual administração. “É inadmissível que uma cidade desse porte continue sofrendo com problemas tão básicos”, comentou outro morador nas redes sociais.
A gestão municipal ainda não se pronunciou oficialmente sobre as críticas, mas a pressão por respostas e medidas concretas para evitar novas tragédias cresce a cada minuto. Ver Enchentes: Vigilância Epidemiológica alerta para o risco de doenças.