Morte por suspeita de malária acende sinal de alerta e mobiliza a saúde pública

Última atualização: 16/01/2025

A morte de um homem de 50 anos, de nacionalidade angolana, no Hospital Regional Antônio Dias, em Patos de Minas, desencadeou uma série de ações emergenciais no estado de Minas Gerais. O paciente, que apresentava sintomas compatíveis com a malária, como febre alta e mal-estar, veio a óbito na última terça-feira (14). Angola, seu país de origem, é classificado como região endêmica para a doença, o que levou à imediata mobilização das autoridades de saúde.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) iniciou investigações epidemiológicas no hospital e também em Presidente Olegário, cidade onde o homem esteve hospedado antes de procurar atendimento médico. Entre as medidas adotadas estão a vigilância ativa, busca por casos suspeitos e campanhas educativas para conscientização da população local.

O que é a malária?

A malária é uma doença infecciosa grave causada por parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada de mosquitos do tipo Anopheles. Embora não seja contagiosa de pessoa para pessoa, a presença do vetor pode gerar surtos, principalmente em áreas de baixa cobertura preventiva. No Brasil, a maior concentração de casos ocorre na região Amazônica, mas estados fora dessa área também registram casos esporádicos, como Minas Gerais. Ver Febre intermitente.

Sintomas e riscos

Os sintomas da malária podem variar de leves a graves:

  • Iniciais: febre, calafrios, dores de cabeça, náuseas e falta de apetite.
  • Avançados: convulsões, dificuldade respiratória e alterações na consciência.

A ausência de diagnóstico precoce e tratamento adequado pode resultar em complicações severas e risco de óbito, principalmente em regiões onde a doença é incomum e os profissionais de saúde não estão familiarizados com seu manejo.

Medidas de prevenção e controle

Diante do caso suspeito em Patos de Minas, a SES-MG reforçou orientações sobre prevenção da malária, que incluem:

  1. Uso de barreiras físicas: mosquiteiros, telas em portas e janelas.
  2. Repelentes: aplicação em áreas expostas do corpo, especialmente ao anoitecer.
  3. Monitoramento: testes rápidos e isolamento de possíveis novos casos.

Contexto e próximos passos

Embora raro fora da região Amazônica, o caso de malária em Minas Gerais alerta para a importância da vigilância contínua em todo o país. Segundo a SES-MG, o estado registra taxas de letalidade mais altas devido ao atraso no diagnóstico, reforçando a necessidade de treinamento constante para profissionais de saúde e estruturação das unidades hospitalares.

A comunidade local e os turistas são incentivados a buscar atendimento imediato em caso de sintomas suspeitos, especialmente aqueles que tenham visitado áreas endêmicas. A SES-MG prometeu divulgações regulares sobre o andamento das investigações e medidas tomadas para conter qualquer possibilidade de transmissão local.

O caso ressalta a importância de ações integradas entre governo, sistema de saúde e população para enfrentar desafios epidemiológicos e proteger a saúde coletiva.

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