Última atualização: 04/03/2025
Uma auxiliar de cozinha de 41 anos foi detida em flagrante na cidade de Birigui, interior de São Paulo, sob suspeita de envolvimento na comercialização ilegal de medicamentos abortivos. A prisão ocorreu na segunda-feira (3), após uma denúncia anônima levar a polícia até a rodoviária do município. Segundo informações divulgadas pelas autoridades, a suspeita foi abordada no local portando uma sacola contendo uma cartela do medicamento em questão. Inicialmente, ela alegou que se tratava de um remédio para controle da pressão arterial, mas as investigações apontaram indícios de que os produtos eram, na verdade, utilizados para a interrupção da gravidez de forma clandestina.
Investigação e provas encontradas pela polícia
A ocorrência foi registrada na delegacia da cidade, onde a mulher teve seus dois celulares apreendidos para análise. Durante a inspeção dos dispositivos, os investigadores identificaram trocas de mensagens com diversas pessoas interessadas na compra do medicamento. Entre os conteúdos encontrados, havia conversas detalhadas sobre o uso do produto, além de registros fotográficos enviados por clientes que teriam utilizado a substância para realizar abortos.
A substância em questão possui venda restrita a hospitais e sua comercialização em farmácias é proibida pela legislação brasileira. Apesar das evidências, a suspeita negou envolvimento na venda do medicamento e afirmou que o adquiriu apenas para uso pessoal.
Crime e possíveis penalidades
O caso foi registrado como falsificação e adulteração de medicamentos, um crime grave previsto no Código Penal brasileiro. A pena para esse tipo de infração pode ultrapassar a de tráfico de drogas, variando de 10 a 15 anos de prisão. Além disso, trata-se de um crime inafiançável, o que significa que a mulher permanecerá presa enquanto aguarda o desenrolar do processo.
A polícia segue investigando para identificar se há outros envolvidos na comercialização desses medicamentos na região. O caso reforça o alerta sobre os riscos da compra e uso de substâncias sem prescrição e sem acompanhamento médico, especialmente em procedimentos sensíveis como o aborto.
Para mais informações sobre a investigação e atualizações do caso, acompanhe as notícias da região. Veja também Criança de 2 anos morre após dar entrada em hospital com parada cardiorrespiratória em Taubaté.