Nova Escala de Coma de Glasgow

Atualizado em 09/01/2022 às 11:17

A Escala de Coma de Glasgow é amplamente utilizada por diversos profissionais da saúde, especialmente por aqueles que trabalham no âmbito hospitalar, com o intuito de definir o estado neurológico de pacientes a partir da análise de seu nível de consciência.

É uma ferramenta bastante útil para traçarmos prognósticos da vítima e prevenirmos eventuais sequelas.

Em 2018, essa escala sofreu algumas modificações importantes na sua aplicação, com o intuito de que fossem obtidas informações mais precisas sobre o prognóstico do paciente. Vamos destacar as três principais mudanças na Escala de Coma de Glasgow.

1. Inclusão da reatividade pupilar nos critérios de avaliação

Na antiga versão da escala, os únicos critérios avaliados eram: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora.
Agora, na nova versão, foi incluída a Reatividade Pupilar, ou seja, a reatividade da pupila à luz. Ao contrário dos  outros critérios, este é pontuado de forma decrescente: o pior resultado apresenta a maior pontuação. Assim, teremos a seguinte atribuição:

2 pontos – Nenhuma reatividade em ambas as pupilas
1 ponto – Sem reação em apenas uma das pupilas
0 pontos – Caso as duas pupilas estejam funcionando normalmente

2. Mudança no score total: 1 a 15 pontos

Na antiga versão da Escala de Coma de Glasgow, a pontuação variava de 3 a 15 pontos.
Agora, na nova versão, a escala varia de 1 a 15 pontos.
Isso acontece porque, na nova aplicação, pontuaremos normalmente todos os outros critérios e, após a nota final, o score da reatividade pupilar será subtraído!
Como assim?
O cálculo do score será feito da seguinte forma:
Escore final = Abertura ocular [1 a 4] + Resposta verbal [1 a 5] + Resposta motora [1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 2]
Caso todos os critérios estejam normais, teremos um escore de 15 (afinal, as pupilas normais significam 0 pontos a menos!). Entretanto, caso o paciente apresente a menor pontuação em todos os critérios, teremos o escore final de 1!

3. Inclusão de “critério não-testável”

Sabemos que nem todos os pacientes são susceptíveis a serem avaliados da forma como a antiga Escala de Glasgow propõe. Por exemplo: pacientes amputados não necessariamente terão uma avaliação fidedigna da resposta motora; pacientes que apresentam surdez não serão responsivos a comandos verbais; pacientes com algum quadro de afasia não necessariamente conseguirão emitir respostas verbais adequadas.
Considerando essas necessidades tão individuais, além das pontuações nos critérios previamente estabelecidos, podemos agora marcá-los como “NÃO TESTÁVEL” (NT).

Abaixo, a Nova Escala de Coma de Glasgow:

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