O tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta segundo a OMS

O tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta segundo a OMS

Atualizado em 08/05/2023 às 05:09

Segundo a OMS, o tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta.

É considerado um problema de saúde pública em razão da alta prevalência de fumantes e da mortalidade decorrente das doenças relacionadas ao tabaco (BRASIL, 2011).

A prevalência de fumantes no mundo é de 1,3 bilhão, considerando-se pessoas de 15 ou mais anos, constituindo um terço da população global. Desses, 900 milhões estão em países em desenvolvimento e 250 milhões são mulheres. O consumo anual é de 7 trilhões e 30 bilhões de cigarros, correspondendo a 20 bilhões por dia; cerca de 75.000 toneladas de nicotina são consumidas por ano, das quais 200 toneladas são diárias.

No Brasil, há 27,9 milhões de fumantes, consumindo 110 bilhões de cigarros anuais, acrescidos de 48 bilhões procedentes de contrabando (BRASIL,2011). A fumaça do cigarro tem mais de 4,7 mil substâncias tóxicas. O alcatrão, por exemplo, é composto de mais de 40 compostos cancerígenos.

Já o monóxido de carbono (CO) em contato com a hemoglobina do sangue dificulta a oxigenação e, consequentemente, ao privar alguns órgãos do oxigênio causa doenças como a aterosclerose (que obstrui os vasos sanguíneos).

Nicotina

A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) droga psicoativa que causa dependência. Ela também aumenta a liberação de catecolaminas, que contraem os vasos sanguíneos, aceleram a frequência cardíaca, causando hipertensão arterial.

O tabagismo está relacionado a mais de 50 doenças, sendo responsável por:

  • 30% das mortes por câncer de boca
  • 90% das mortes por câncer de pulmão
  • 25% das mortes por doença do coração
  • 85% das mortes por bronquite e enfisema
  • 25% das mortes por derrame cerebral

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todo ano mais de cinco milhões de pessoas morrem no mundo por causa do cigarro. E, em 20 anos, esse número chegará a 10 milhões se o consumo de produtos como cigarros, charutos e cachimbos continuar aumentando (BRASIL, 2014).

Instituto Nacional do Câncer (INCA)

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), vinculado ao Ministério da Saúde, o tabaco também tem relação com a impotência sexual e infertilidade masculina, pois, segundo estudos, prejudica amobilidade do espermatozoide.

Os mesmos prejuízos também são atribuídos ao cachimbo e ao charuto. Apesar de não serem tragáveis, possuem uma concentração de nicotina maior, que é absorvida pela mucosa oral (BRASIL, 2014). Não só o fumo ativo, mas o passivo também aumenta os riscos de doença. Sete não fumantes morrem por dia em consequência do fumo passivo. O tabagismo passivo aumenta em 30% o risco para câncer de pulmão e 24% o risco para infarto (BRASIL, 2014).

A mortalidade anual relacionada ao tabaco, no mundo, é de 5,4 milhões de pessoas, sendo um óbito acada dez adultos, dos quais 70% em países em desenvolvimento. No Brasil, ocorrem 200 mil óbitos por ano (BRASIL, 2011). A previsão para o ano 2020 é, ocorrerem, no mundo, 10 milhões de óbitos, sendo 7 milhões nos países em desenvolvimento.

A mortalidade nos adultos está sendo maior que o número de óbitos por HIV, malária, tuberculose, alcoolismo, causas maternas,homicídios e suicídios combinados (BRASIL, 2011).

No Brasil, o número de fumantes permanece em que da. Segundo o Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) 2013, a prevalência de fumantes caiu para 11,3%. O dado é três vezes menor que o índice de 1989, quando a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou 34,8% de fumantes na população.

A meta do Ministério da Saúde é chegar a 9% até 2022 (BRASIL, 2014).

O fumante faz (segundo pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa Econômica e Negócios, no Reino Unido) em média 4 pausas de 10 minutos para fumar durante o dia, o que pode gerar cerca de US$ 14, 5 bilhões de custo por ano às empresas.

Essa atitude não só afeta as empresas, mas a saúde dos profissionais trabalhadores. No Brasil as empresas oferecem diversos programas aos seus empregados, tudo para melhorar a qualidade de vida, reduzir absenteísmo e aumentar a produtividade e reduzir custos com assistência a saúde, uma vez que o fumante é um doente potencial (CATHO,2014).

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