Última atualização: 18/02/2025
Uma técnica de enfermagem que trabalhava em uma policlínica municipal de Divinópolis foi demitida após uma investigação comprovar que ela utilizava o horário de trabalho para administrar um buffet de sua propriedade. A profissional, que era servidora concursada, admitiu durante o processo administrativo que chegou a imprimir contratos do serviço de buffet utilizando os recursos da unidade de saúde. No entanto, ela minimizou a frequência dessa prática e alegou que a maioria dos acordos eram firmados verbalmente com colegas de trabalho. A prefeitura confirmou a exoneração e destacou que a conduta da servidora violava as normas do funcionalismo público.
Investigação e procedimento administrativo
A apuração das irregularidades começou após denúncias feitas por outros funcionários da unidade. O município instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para averiguar as alegações e colheu depoimentos de servidores que trabalhavam no mesmo setor da técnica de enfermagem. De acordo com os relatos, era comum que a profissional atendesse ligações pessoais relacionadas ao buffet enquanto estava em horário de trabalho.
Além disso, houve situações em que pacientes aguardavam atendimento enquanto a servidora estava ao telefone resolvendo assuntos particulares. Esses relatos foram documentados e utilizados como base para a decisão de exoneração, publicada no Diário Oficial dos Municípios Mineiros.
Defesa da servidora e decisão da prefeitura
Durante o PAD, a técnica de enfermagem admitiu que utilizava a impressora da policlínica para imprimir contratos do buffet, mas negou que isso ocorresse com frequência. Ela também afirmou que mantinha relações comerciais com colegas de trabalho e que os contratos eram fechados de forma verbal dentro da unidade de saúde.
No entanto, a administração municipal concluiu que a servidora cometeu uma infração grave ao utilizar tempo e recursos públicos para fins privados. A decisão de demissão levou em consideração não apenas a quebra das normas internas da prefeitura, mas também o prejuízo causado ao serviço público, visto que a profissional recebia salário para exercer sua função na área da saúde.
Impacto da decisão e repercussão
A prefeitura de Divinópolis reforçou que a exoneração foi uma medida necessária para preservar a integridade da administração pública e garantir que os servidores desempenhem suas funções sem desvios de conduta. O caso gerou repercussão entre os funcionários da policlínica e moradores da cidade, que discutem a necessidade de maior fiscalização para evitar situações semelhantes.
Procurada para comentar a decisão, a servidora afirmou que não se manifestaria sobre o caso. A prefeitura também declarou que não dará mais declarações sobre o assunto. Veja também Técnica de Enfermagem é investigada por suposto envolvimento em abortos ilegais em Salvaterra.
