Última atualização: 19/01/2025
Um paciente, Luiz Cláudio Dias, de 59 anos, internado há três dias para tratamento renal, teve um surto psicótico neste domingo, 19, na UTI do Hospital de Morrinhos, em Goiás. Ele arrancou os aparelhos que o monitoravam, partiu em direção ao banheiro e, em um ato de descontrole total, quebrou o vidro do espelho, transformando os cacos em uma arma mortal.
Desespero e pânico na UTI de Goiás resulta na morte de paciente em Surto Psicótico por PM
Era uma noite que prometia ser tranquila no Hospital Municipal de Morrinhos, em Goiás. Mas o que parecia ser apenas mais uma rotina de plantão na Unidade de Terapia Intensiva se transformou em um pesadelo que ninguém jamais esquecerá. Por volta das 20 horas, os corredores da UTI foram tomados por um grito de desespero. Um paciente, Luiz Cláudio Dias, de 59 anos, internado há três dias para tratamento renal, teve um surto psicótico. Ele arrancou os aparelhos que o monitoravam, partiu em direção ao banheiro e, em um ato de descontrole total, quebrou o vidro do espelho, transformando os cacos em uma arma mortal.
Com os estilhaços nas mãos, Luiz Cláudio caminhou pela UTI até encontrar uma técnica de enfermagem. Ela, sem entender o que estava acontecendo, foi surpreendida e imobilizada por ele, que colocou o pedaço de vidro em seu pescoço. A partir daquele momento, o medo tomou conta de todos.
Me ajudem! Por favor, me ajudem
Os gritos da refém ecoavam pelo hospital. “Me ajudem! Por favor, me ajudem!”, implorava a profissional, enquanto Luiz Cláudio ameaçava: “Se alguém se aproximar, eu acabo com tudo aqui!”. O desespero era palpável, a respiração de todos se tornava pesada e o ar parecia sumir.
A equipe médica, em pânico, tentou de tudo. Negociações, falas tranquilizadoras, mas nada adiantava. Luiz Cláudio estava fora de si. Sem alternativas, a polícia foi chamada. E foi aí que o caos atingiu seu auge.
Quando os policiais chegaram, adotaram protocolos de gerenciamento de crises. Tentaram, por vários minutos, negociar com Luiz Cláudio. Mas ele não cedia. Cada tentativa de aproximação parecia alimentar ainda mais o seu desespero. “Não venham perto! Eu estou falando sério! Eu vou fazer isso!”, ele gritava, com os olhos arregalados e uma expressão de desespero que deixava claro: ele acreditava no que dizia.
A tensão no ar era insuportável. Cada segundo parecia uma eternidade. Os olhares dos policiais, a equipe médica ao fundo tentando manter a calma, e a refém, entre soluços, tentando segurar o choro. Tudo isso pintava um quadro de puro terror.
E então, veio o disparo. Um som seco que atravessou o ar como uma faísca de desespero. O corpo de Luiz Cláudio cambaleou. Ele havia sido atingido no abdômen. Mas mesmo assim, em um último ato de resistência, ele continuou tentando lutar. Foi contido pelos policiais, mas o dano estava feito.
O hospital, que antes ecoava com gritos, agora estava mergulhado em um silêncio ensurdecedor. Luiz Cláudio foi atendido imediatamente pela equipe médica, mas não resistiu aos ferimentos.
Trauma estava estampado em seus olhos
A técnica de enfermagem foi libertada, mas seu rosto mostrava que aquela noite jamais seria esquecida. O trauma estava estampado em seus olhos, assim como nos olhos de todos que presenciaram aquele horror.
E para a família de Luiz Cláudio, restaram apenas perguntas sem respostas e um vazio que nunca será preenchido. “Meu pai foi morto dentro de uma UTI”, disse o filho, em meio à revolta e ao luto.
A tragédia levantou um debate urgente sobre a segurança em hospitais e o manejo de crises envolvendo pacientes em surtos psicóticos. Mas, para quem estava lá naquela noite, o som do disparo e os gritos de desespero jamais serão esquecidos. Ver Surto Psicótico em UTI termina em morte de paciente durante intervenção Policial.