Trump oficializa saída dos EUA da OMS; organização espera reversão da decisão

Última atualização: 21/01/2025

Em um movimento polêmico e de grande repercussão, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, formalizou a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão, anunciada no início de seu segundo mandato, foi fundamentada em críticas à atuação da entidade durante a pandemia de Covid-19 e na suposta falta de transparência e neutralidade. O ato gerou uma resposta preocupada da OMS e trouxe à tona questões sobre o impacto político global dessa ruptura.

Decepção e resposta da OMS

A OMS expressou profunda decepção com a decisão americana, considerando o papel histórico dos Estados Unidos como o principal financiador da organização e um parceiro essencial em iniciativas de saúde global. Em comunicado, a entidade destacou marcos importantes alcançados com o apoio americano, como a erradicação da varíola e os avanços no controle da poliomielite.

O diretor-geral da OMS afirmou que, em momentos críticos para a saúde pública global, a colaboração entre nações é indispensável e que “esperamos que os Estados Unidos reavaliem sua posição e considerem a importância de uma abordagem conjunta para enfrentar os desafios de saúde que afetam a todos”.

As motivações de Trump e a acusação contra a China

Trump reiterou que a saída foi motivada pela insatisfação com a gestão da OMS durante a pandemia, acusando a entidade de ser influenciada pela China. Ele também enfatizou que os Estados Unidos, historicamente, contribuíram financeiramente muito mais do que a China para o orçamento da organização, considerando isso uma “injustiça”. Para o presidente, os recursos destinados à OMS poderiam ser melhor aplicados em projetos domésticos de saúde ou em parcerias com instituições que, segundo ele, “realmente respeitam os valores da transparência e responsabilidade”.

Impacto político global

A decisão de Trump não apenas enfraquece a OMS financeiramente, mas também tem implicações políticas significativas. Ela sinaliza um afastamento dos Estados Unidos das organizações multilaterais, colocando em dúvida o compromisso do país com a cooperação internacional. Especialistas destacam que esse movimento pode abrir espaço para que outros países, como a China, assumam um papel de liderança nas discussões globais sobre saúde pública.

Governos de várias nações, especialmente da União Europeia, expressaram preocupação com a saída dos Estados Unidos, alertando que o enfrentamento de crises sanitárias exige cooperação global. A União Europeia reforçou que enfraquecer a OMS em um momento de tantas incertezas sanitárias pode ter consequências devastadoras para países em desenvolvimento, que dependem de programas financiados por doações.

O futuro da OMS e da saúde global

A retirada dos Estados Unidos obriga a OMS a revisar suas operações e buscar novas fontes de financiamento para compensar a perda de seu maior doador. Programas cruciais, como campanhas de vacinação e combate a doenças negligenciadas, estão em risco, o que pode levar ao agravamento de crises de saúde em países mais vulneráveis.

Além disso, a decisão de Trump traz à tona debates sobre a governança das organizações internacionais e o equilíbrio de poder no cenário global. Enquanto a OMS tenta navegar por essas mudanças, a comunidade internacional observa com apreensão como esse movimento pode redefinir as relações multilaterais e o papel dos Estados Unidos no enfrentamento de desafios globais.

A medida, que já está provocando reações em todo o mundo, ressalta a urgência de discussões sobre o futuro da saúde pública global e a necessidade de unir esforços para garantir a continuidade de iniciativas que beneficiam milhões de pessoas. Ver Trump nega oposição dos EUA à resolução da OMS.

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