Última atualização: 23/01/2025
Na última terça-feira, 21 de janeiro, a advogada Joeli Castelli vivenciou um dos momentos mais angustiantes de sua vida. Em uma madrugada marcada por desespero e impotência, ela gravou um vídeo que rapidamente se espalhou pelas redes sociais. Nele, Joeli acusava o Hospital Geral de Cuiabá de negligência no atendimento à sua mãe, internada há três dias sem receber assistência médica adequada.
“Estou aqui implorando, pedindo por um médico, por um simples soro para a minha mãe. É desumano”, relatou com lágrimas nos olhos e voz trêmula. A advogada explicava que sua mãe estava fragilizada e que, apesar de estar em uma unidade que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o suporte básico não era prestado.
Um pedido que ecoa no silêncio
As palavras de Joeli revelam não apenas a dor de uma filha, mas a sensação de abandono. No vídeo, ela denunciava a ausência de médicos na enfermaria e a falta de transparência na gestão hospitalar. “Fui verificar as contas do hospital e não há prestação de contas há mais de uma década. É revoltante”, desabafou.
Enquanto Joeli clamava por ajuda, o corredor do hospital permanecia silencioso. O som de passos apressados, comum em unidades de saúde, parecia distante, como se o tempo tivesse parado diante de sua aflição.
A resposta do outro lado
Mas a história ganhou contornos ainda mais complexos. Após a repercussão, funcionários e outros pacientes rebateram as alegações. “Não existe hospital sem médicos. Plantonistas estão sempre disponíveis para atender emergências, mas nem toda enfermaria tem médicos presentes 24 horas”, comentou um dos trabalhadores. Ainda assim, o clima de tensão continuou a crescer nas redes sociais.
Nas palavras de um usuário, “Joeli não expôs todos os detalhes. Seria importante esclarecer melhor o que aconteceu para não causar julgamentos precipitados”. A advogada, por sua vez, manteve a firmeza em seu relato, reforçando a sensação de negligência que vivenciou.
Uma história que reflete problemas maiores
O caso de Joeli e sua mãe é um reflexo de uma realidade que muitos brasileiros enfrentam: a fragilidade do sistema de saúde, especialmente em unidades que dividem o atendimento entre o SUS e serviços particulares. Para Joeli, mais do que a busca por justiça, sua voz se tornou um grito de alerta para milhares que, como ela, já se sentiram invisíveis em momentos de vulnerabilidade.
A luta desta filha ainda não terminou. Seja pela investigação que o caso exige ou pela mobilização pública que gerou, sua história agora ecoa como um chamado por mudanças, um pedido de socorro não apenas para sua mãe, mas para todos os que dependem de um sistema que precisa, urgentemente, de reformas. Ver Advogada acusa hospital de Cuiabá de negligência e desabafa nas redes sociais.