Última atualização: 18/12/2024
No Protocolo de Manchester, a classificação de risco é realizada por meio de um sistema de cores, cada uma representando um nível de urgência para o atendimento. Esse sistema permite que os profissionais de saúde priorizem os pacientes de acordo com a gravidade de suas condições clínicas. Ele evita o atendimento por ordem de chegada, que pode colocar em risco a vida de pacientes mais graves.
Categorias de Risco e o Significado das Cores
- Vermelho (Emergência – Atendimento Imediato)
- Representa o estado mais grave. Pacientes nessa categoria precisam de atendimento imediato, pois há risco iminente de vida.
- Exemplo de caso: Um paciente chega à emergência com fortes dores no peito e sinais de parada cardíaca iminente. Ele é classificado como vermelho e levado diretamente para ressuscitação.
- Laranja (Muito Urgente – Atendimento em até 10 Minutos)
- Refere-se a pacientes que apresentam condições graves, mas que não estão em risco iminente de morte. Contudo, o atendimento deve ser feito o quanto antes, idealmente em até 10 minutos.
- Exemplo de caso: Uma criança com crise asmática severa, com dificuldade de respirar, mas ainda consciente, seria classificada como laranja.
- Amarelo (Urgente – Atendimento em até 60 Minutos)
- Pacientes nessa categoria apresentam condições que exigem atenção médica, mas que podem aguardar até uma hora sem riscos imediatos à vida.
- Exemplo de caso: Um paciente com dor abdominal intensa e sinais de desidratação seria classificado como amarelo. A condição é séria, mas não há risco imediato à vida se tratado dentro do tempo estimado.
- Verde (Pouco Urgente – Atendimento em até 120 Minutos)
- Pacientes nessa categoria apresentam sintomas que podem ser tratados com mais tranquilidade, podendo aguardar até duas horas para o atendimento.
- Exemplo de caso: Um paciente com torção leve no tornozelo, sem fraturas ou sinais de complicação grave, seria classificado como verde.
- Azul (Não Urgente – Atendimento em até 240 Minutos)
- Indica que a condição do paciente não é urgente, e ele pode esperar por até quatro horas para ser atendido. Em muitos casos, esses pacientes podem ser orientados a procurar atendimento em unidades de menor complexidade.
- Exemplo de caso: Um paciente com uma dor de garganta leve ou sintomas de resfriado seria classificado como azul.
Estudos de Caso para Fixação
- Caso 1: Um homem de 50 anos chega à emergência após sofrer um acidente de carro. Ele está inconsciente e com sinais de trauma grave na cabeça. Classificação: Vermelho. Justificativa: risco iminente de morte, requer atendimento imediato.
- Caso 2: Uma jovem de 20 anos é trazida ao pronto-socorro com uma torção no tornozelo, sem outros sinais de trauma ou complicações. Ela está consciente e com sinais vitais normais. Classificação: Verde. Justificativa: pode aguardar por até duas horas, pois não há risco imediato à vida.
- Caso 3: Um homem de 60 anos chega ao hospital com dores abdominais intensas e vomitando sangue. Classificação: Laranja. Justificativa: condição muito urgente, embora não tenha risco de morte iminente, deve ser atendido dentro de 10 minutos.
Gestão de prioridades
O sistema de cores do Protocolo de Manchester é uma ferramenta eficaz para a gestão de prioridades em ambientes de urgência e emergência. Compreender as categorias de risco e sua aplicação prática é fundamental para garantir que os pacientes recebam o atendimento adequado no tempo certo, conforme a gravidade de suas condições.
Estudar casos reais ajuda na fixação dos critérios e facilita o aprendizado na prática clínica.