A gravidez não planejada, é uma situação complexa e desafiadora que pode gerar um turbilhão de emoções e questionamentos. Diante dessa realidade, é crucial que a mulher busque apoio, informações e orientações adequadas para tomar decisões conscientes e responsáveis.
Nesse contexto, o enfermeiro desempenha um papel crucial no atendimento e suporte à mulher que enfrenta uma gravidez não planejada.
Esses profissionais podem ser encontrados em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou em consultórios de enfermagem particulares, estando prontos para atender às necessidades de pacientes em situações diversas.
Ao adotar uma postura de empatia, acolhimento e profissionalismo, o enfermeiro deve oferecer um ambiente seguro e confortável para que a paciente se sinta à vontade para expressar suas emoções, dúvidas e medos.
Através da escuta ativa, fornecimento de informações e encaminhamento a outros profissionais, o enfermeiro contribui para um atendimento multidisciplinar e abrangente. É fundamental respeitar a autonomia da paciente e suas decisões, sem impor soluções ou julgar suas escolhas.
Oferecendo suporte emocional e orientação adequada, em Unidades Básicas de Saúde (UBS), ou consultórios particulares, o enfermeiro auxilia pacientes com gravidez não planejada. Ele promove bem-estar físico, emocional e social, transformando a maternidade em oportunidade de crescimento, aprendizado e superação.
Sem dúvida alguma, o papel crucial do enfermeiro no atendimento a uma mulher com gravidez não desejada, consiste em proporcionar acolhimento e orientação.
O papel crucial do enfermeiro nas orientações da gravidez não planejada em UBS
Os enfermeiros, desempenham papel fundamento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Entre as suas diversas atividades, eles também podem orientar os pacientes sobre diversas condições de saúde, entre elas, sobre a gravidez não planejada.
Geralmente as mulheres buscam ajuda nas UBS quando estão com suspeita de gravidez. Lá, elas fazem o Teste Rápido de Gravidez, conhecido como TRG. Esse teste, fornece um resultado rápido sobre um positivo ou negativo para a presença de hCG no sangue.
Segundo as recomendações do Ministério da Saúde, os enfermeiros devem oferecer orientações logo na entrega do material (TRG).
Além disso, ele deve estar disponível para continuar a conversa conforme o resultado e buscar a abordagem adequada para cada situação, visando garantir a saúde da mulher.
A equipe de Atenção Psicossocial (CAPS), deve ser acionada sempre que necessário. É importante lembrar que o acolhimento também se estende ao parceiro sexual, cuja participação deve ser reforçada no processo de acompanhamento do caso. Leia sobre Reflexões sobre uma Gravidez Não Planejada.
Orientações
- Instruir sobre os direitos relacionados à gestação, como pré-natal, assistência no parto e nascimento, acesso a redes de proteção social com benefícios para continuidade dos estudos, licença-maternidade, programas para famílias de baixa renda, creches e encaminhamento para assistentes sociais locais, se necessário.
- Disponibilizar mediação em conflitos familiares originados pela gravidez não planejada, em que a dinâmica familiar influencia na rejeição da gestação.
- Explicar opções de adoção, caso optem por prosseguir com a gestação, mas não desejem ou não possam ficar com a criança.
- Esclarecer que a lei brasileira permite a interrupção da gravidez nos casos previstos (violência sexual, risco de morte para a mulher, anencefalia fetal).
- Alertar sobre os perigos de métodos caseiros para interromper a gravidez.
- Informar sobre sinais e sintomas de alerta após interrupção insegura da gravidez: febre, calafrios, hemorragia, dor abdominal, dor no baixo ventre, secreção vaginal malcheirosa, dor ao urinar.
- Enfatizar a necessidade de buscar ajuda médica ao apresentar qualquer desses sintomas.
