Diferenças anatômicas e fisiológicas entre crianças e adultos

Diferenças anatômicas e fisiológicas entre crianças e adultos

Ao avaliar e tratar pacientes pediátricos feridos, é crucial reconhecer as diferenças anatômicas e fisiológicas entre crianças e adultos, que podem afetar a apresentação e a resposta aos tratamentos.

Nesta seção, abordaremos algumas das principais diferenças relevantes para a avaliação e o tratamento de ferimentos pediátricos.

Diferenças anatômicas:

  1. Cabeça: A cabeça de uma criança é proporcionalmente maior em relação ao corpo, tornando-as mais suscetíveis a ferimentos na cabeça e no pescoço.
  2. Vias aéreas: As vias aéreas das crianças são menores, com a epiglote mais curta e mais flexível, e a traqueia mais curta e estreita. Isso aumenta o risco de obstrução das vias aéreas e dificulta a intubação.
  3. Tórax: O tórax das crianças é mais flexível e elástico, com costelas mais horizontais, o que pode levar a lesões internas, mesmo na ausência de ferimentos externos aparentes.
  4. Abdômen: As crianças têm uma parede abdominal menos muscular e órgãos internos mais expostos, tornando-os mais suscetíveis a lesões abdominais.
  5. Sistema esquelético: Os ossos das crianças são mais flexíveis e menos densos, o que pode levar a fraturas incompletas ou “em galho verde”, que podem ser mais difíceis de identificar.

Diferenças fisiológicas:

  1. Frequência cardíaca e respiratória: As crianças têm uma frequência cardíaca e respiratória mais rápida em comparação aos adultos, e essas taxas variam com a idade.
  2. Reservas de fluidos e volume sanguíneo: As crianças têm reservas de fluidos menores e um volume sanguíneo proporcionalmente menor, tornando-as mais suscetíveis à desidratação e ao choque.
  3. Resposta ao choque: As crianças geralmente compensam melhor a perda sanguínea inicialmente, mantendo a pressão arterial por meio de uma resposta taquicárdica. No entanto, uma vez que a compensação falhe, a deterioração pode ser rápida e grave.
  4. Termorregulação: As crianças têm uma superfície corporal proporcionalmente maior e uma menor capacidade de regular a temperatura, tornando-as mais suscetíveis à hipotermia e à hipertermia.

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