O Enfermeiro Perfusionista é um membro da equipe cirúrgica com pré-requisitos definidos na área das ciências biológicas e da saúde. A atuação do enfermeiro especialista nesta área, é garantido pela Resolução Cofen nº 528/2016.
Em muitos casos, os enfermeiros experientes adquiriram a sabedoria prática que lhes permite tomar decisões éticas consubstanciadas e tomar medidas prudentes em situações específicas (CATHCART; GREENSPAN, 2013).
Perfusionista é um membro da equipe cirúrgica com pré-requisitos definidos na área das ciências biológicas e da saúde, com conhecimentos básicos de fisiologia circulatória, respiratória, sanguínea e renal, de centro cirúrgico e esterilização, e com treinamento específico no planejamento e ministração dos procedimentos de circulação extracorpórea.
Para Andrade e Soares (2001), é fundamental que a enfermeira seja bastante capacitada tecnicamente para poder identificar imediatamente qualquer alteração do quadro clínico, como, também tenha equilíbrio emocional para atender às necessidades do paciente, entendendo sua comunicação verbal e não verbal.
O Enfermeiro perfusionista tem seu lugar reservado no mercado de trabalho, contudo um aspecto relevante e imperativo de citação, diz respeito ao pouco e restrito referencial bibliográfico desenvolvido pela enfermagem nesta área.
Cofen normatiza a atuação do Enfermeiro Perfusionista
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) aprovou a Normatização da atuação do Enfermeiro Perfusionista como membro da equipe cirúrgica, nas cirurgias em que se requeira esse profissional, visando garantir a segurança do paciente e a regulamentação desta atividade, através da Resolução Cofen nº 528/2016.
Segundo a Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea (SBCEC), o Perfusionista é o profissional treinado e capacitado em operar os maquinários de circulação extracorpórea, seleção dos dispositivos descartáveis em cirurgias torácicas e cardíacas, sendo o responsável pela manutenção das atividades vitais do organismo, durante a realização da devida cirurgia, e também garante o devido funcionamento da circulação sanguínea que no momento está sendo operada pelos órgãos artificiais, mantendo o paciente em equilíbrio hidroeletrolítico, hemodinâmico, pressórico e sanguíneo.
Competências do Enfermeiro Perfusionista
- Coordenar e administrar as atividades do serviço de Perfusão;
- Planejar a previsão, requisição e controle dos materiais e equipamentos utilizados nos procedimentos de circulação extracorpórea, especialmente oxigenadores, circuitos, reservatórios, filtros, cânulas, termômetros, fluxômetros, e demais acessórios;
- Examinar e testar os componentes da máquina coração-pulmão, controlar sua manutenção preventiva e corretiva, conservando-a, permanentemente, em condições de uso;
- Obter informações no prontuário e com a equipe médica, sobre a história clínica do paciente; verificar a existência de doenças ou condições que possam interferir na execução, ou requerer cuidados especiais com a condução da circulação extracorpórea, tais como diabetes, hipertensão arterial, doenças endócrinas, uso de diuréticos, digitálicos e anticoagulantes;
- Obter os dados biométricos do paciente, idade, peso, altura e superfície corpórea, para cálculo dos fluxos de sangue, gases, composição e volume dos líquidos do circuito;
- Calcular as doses de heparina para a anticoagulação sistêmica e de protamina, para sua posterior neutralização;
- Fornecer ao cirurgião os calibres mínimos das cânulas aórtica e venosas, adequadas aos fluxos sanguíneos a serem utilizados;
- Obter do anestesista os parâmetros hemodinâmicos do paciente, desde a indução anestésica, para a sua manutenção durante a perfusão;
- Executar a circulação do sangue e sua oxigenação extracorpórea, após indicação do cirurgião, monitorizar as pressões arteriais e venosas, diurese, tensão dos gases sanguíneos, hematócrito, nível de anticoagulação e promover as correções necessárias;
- Induzir o grau de hipotermia sistêmica indicado pelo cirurgião, através do resfriamento do sangue no circuito do oxigenador, para preservação metabólica do sistema nervoso central e demais sistemas orgânicos; reaquecer o paciente ao final do procedimento;
- Preparar e administrar as soluções cardioplégicas, destinadas à proteção do miocárdio, através de equipamentos e circuitos especiais para aquela finalidade;
- Administrar os medicamentos necessários ao paciente, no circuito extracorpóreo, sob protocolos com a equipe, como inotrópicos, vasopressores, vasodilatadores, diuréticos e agentes anestésicos;
- Encerrar o procedimento, retornando a ventilação ao anestesista, após o coração reassumir as suas funções, mantendo a volemia do paciente e as condições hemodinâmicas necessárias ao bom funcionamento cardiorrespiratório;
- Controlar a presença de anticoagulante residual e administrar o seu antagonista, para neutralizar completamente as suas ações;
- Preencher a ficha de perfusão que contém todos os dados relativos ao procedimento, bem como o balanço hídrico e sanguíneo, para orientação do tratamento pós-operatório;
- Ministrar, com o mesmo equipamento, assistência circulatória mecânica temporária, quando necessária;
- Participar das atividades de ensino e treinamento aos demais elementos da equipe, inclusive estudantes, internos, residentes e estagiários;
- Participar das reuniões clínicas de discussão dos casos a serem operados, para conhecimento dos pacientes e suas patologias;
- Participar de pesquisas clínicas, básicas ou de experimentação;
- Participar de cursos, reuniões, palestras, simpósios, grupos de trabalho e congressos, para sua educação continuada e aperfeiçoamento profissional.
A Especialização “Enfermagem Perfusionista“, é regulamentada pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), através da Resolução Cofen Nº 581/2018.
Interesse em curso perfusionista
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