Última atualização: 01/01/2025
O impetigo acontece quando uma ruptura na pele, por exemplo, de uma picada de inseto, deixa entrar bactérias causadoras de doenças. A implementação de boas práticas de higiene, educação em saúde e acesso a tratamentos antibióticos são medidas essenciais para controlar e prevenir essa condição, especialmente em populações vulneráveis. Ver Bebê que teve picada de inseto na cabeça teve o dedo amputado em hospital.
1. Introdução ao Impetigo
O impetigo, popularmente conhecido como “feridas da escola”, é uma infecção bacteriana superficial da pele altamente contagiosa, que afeta principalmente crianças de 2 a 5 anos de idade. Causado por Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes, a infecção ocorre geralmente após lesões na pele, como picadas de inseto ou coceiras, permitindo a entrada de bactérias. Embora seja tratável, a falta de tratamento pode levar a complicações graves, como celulite, abscessos, glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica (APSGN) e febre reumática aguda.
2. Causas e Transmissão
2.1 Fatores Causadores
As bactérias responsáveis pelo impetigo são:
- Staphylococcus aureus (S. aureus)
- Streptococcus pyogenes (S. pyogenes)
A infecção é comum em condições como:
- Lesões de pele pré-existentes (eczema, picadas de insetos, sarna).
- Coceira, que pode facilitar a entrada das bactérias.
2.2 Transmissão
O impetigo é altamente contagioso e se espalha por:
- Contato direto com as feridas.
- Objetos contaminados, como toalhas e roupas.
- Coçar as lesões e tocar outras partes do corpo.
3. Tipos de Impetigo e Sintomas
3.1 Impetigo Não Bolhoso
- Representa 70% dos casos.
- Caracteriza-se por crostas amarelas e espessas, geralmente sobre áreas vermelhas e úmidas da pele.
- Afeta mais frequentemente o rosto e extremidades.
- Geralmente não é doloroso, mas pode causar coceira.
3.2 Impetigo Bolhoso
- Causado exclusivamente por S. aureus.
- Caracteriza-se por bolhas grandes e cheias de líquido, que podem romper e deixar uma crosta marrom.
- Afeta áreas onde a pele se toca, como axilas e dobras.
- Cresce rapidamente e pode atingir vários centímetros de largura.
4. Diagnóstico e Tratamento
4.1 Diagnóstico
O diagnóstico é geralmente clínico, com base no exame visual das lesões. Em casos persistentes, pode ser realizado um teste laboratorial para identificar a bactéria responsável.
4.2 Tratamento
O impetigo é considerado uma doença leve e pode desaparecer espontaneamente, mas o tratamento é essencial para prevenir complicações e reduzir a propagação.
Medidas Gerais
- Higiene:
- Lavar as mãos frequentemente com sabão.
- Lavar roupas, toalhas e lençóis usados pelo paciente.
- Cobrir as feridas com esparadrapo ou curativos.
- Isolamento temporário:
- Manter a criança afastada da escola e de outras crianças por pelo menos 24 horas após o início do tratamento.
Terapia Medicamentosa
- Antibióticos tópicos:
- Indicados para formas leves (ex.: mupirocina).
- Antibióticos orais:
- Necessários em casos graves ou extensos.
- O tratamento deve continuar até a completa cicatrização das feridas.
5. Complicações do Impetigo
5.1 Glomerulonefrite Aguda Pós-estreptocócica (APSGN)
- Doença renal autoimune associada ao impetigo não tratado.
- Comum em áreas de poucos recursos, mas rara em países desenvolvidos.
- Afeta principalmente crianças menores de 15 anos.
5.2 Febre Reumática Aguda
- Complicação autoimune de infecções estreptocócicas não tratadas.
- Pode afetar o coração, articulações, cérebro e pele.
- Casos repetidos podem levar à doença cardíaca reumática.
5.3 Celulite e Abscessos
- Infecções mais profundas na pele que podem exigir drenagem ou antibióticos intravenosos.
6. Prevenção e Medidas de Controle
6.1 Higiene Pessoal
- Ensinar as crianças a lavar as mãos corretamente.
- Evitar compartilhar objetos pessoais, como toalhas.
6.2 Controle Comunitário
- Melhorar as condições de vida, incluindo acesso a água potável e cuidados médicos.
- Educação em saúde para reconhecer e tratar infecções de pele precocemente.
7. Considerações Finais
Embora o impetigo seja uma infecção superficial e geralmente leve, sua alta contagiosidade e risco de complicações graves destacam a importância de um diagnóstico rápido e tratamento adequado. A implementação de boas práticas de higiene, educação em saúde e acesso a tratamentos antibióticos são medidas essenciais para controlar e prevenir essa condição, especialmente em populações vulneráveis. Ver A Febre Amarela se espalhará em todo Brasil diz.