Atualizado em 27/03/2023 às 01:39
Para a enfermagem ser o que ela é hoje no mundo, ela passou por diversas transformações e desafios, para se posicionar e ser respeitada. Florence Nightingale foi a primeira enfermeira a ser reconhecida no mundo todo, mas sua vida pela enfermagem foi marcada de muitas lutas e desafios.
Tarefa da Enfermagem no século XIX
Até o final de 1800, os enfermeiros realizavam poucos trabalhos relacionados à saúde. Durante esses primeiros dias, os hospitais relegavam os membros da equipe de enfermagem ao desempenho de tarefas domésticas. As enfermeiras do hospital executavam tarefas como lavar a louça, varrer o chão e limpar as salas de jantar. Servir refeições, alimentar pacientes e remover bandejas de refeições também eram tarefas comuns de enfermagem.
Origem nas guerras
Estados Unidos. Foi depois da Guerra Civil Americana, que o papel da enfermagem evoluiu para uma profissão que englobava o tratamento do paciente. Durante a guerra, houve tantos ferimentos e baixas que a profissão médica não teve escolha a não ser delegar mais responsabilidades relacionadas à saúde para a equipe de enfermagem treinada exclusivamente no país. Apesar dessa necessidade, os defensores da enfermagem tiveram que se unir para essa responsabilidade.
Grã-Bretanha. Em outros lugares, a guerra também forjou a evolução do papel da enfermagem na Grã-Bretanha. Florence Nightingale ajudou a trazer as práticas médicas do campo de batalha até os padrões modernos durante a Guerra da Criméia. O conflito representou um campo de prova para a hipótese de Nightingale de que as práticas médicas científicas poderiam melhorar as condições de saúde dos pacientes.
A convite de seu governo, Nightingale liderou a primeira unidade médica militar no campo de batalha. As práticas que Nightingale estabeleceu são diretrizes que a prática da enfermagem moderna segue até hoje.
Brasil. A enfermagem no Brasil, é composta pelos enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. A profissão foi criada pela Lei nº 7.498 de 1986, e fiscalizada pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), localizado no Distrito Federal-DF.
Formalização da profissão
Inicialmente, as enfermeiras obtiveram seus diplomas diretamente das instituições de saúde, onde eram prestado cuidados aos pacientes. Os estabelecimentos treinavam enfermeiras em troca de uma garantia, de que elas iriam permanecer no centro de treinamento por um período de tempo designado.
Essa prática serviu para aumentar o pool de enfermagem; no entanto, o treinamento direto de instalações médicas criou um problema; a política interna influenciou fortemente a formação ministrada.
À medida que o mundo avançava para o século XX, o treinamento para esses profisisonais mudou de hospitais para faculdades credenciadas. Essa transição ajudou a padronizar o treinamento de enfermeiras e melhorar a estrutura de atendimento ao paciente.
Os enfermeiros são profissionais de saúde que prestam assistência direta ao paciente. Voluntários de enfermagem, em tempos antigos e nos conflitos de guerra, ajudaram na prática, a evoluir a profissão e tornando-a mais qualificada.
Hoje, os enfermeiros, técnicos e auxiliares, devem obter treinamento especializado, certificação e registro no Conselho Regional de Enfermagem do Estado (Coren), para atuar na área.
Além disso, as instituições formadoras assumiram o papel formador outrora cumprido pelos estabelecimentos de saúde. Este treinamento focado e formalizado ajudou a melhorar os cuidados de saúde para todos os pacientes e consolidar a profissão como uma prática consagrada pelo tempo.
