Cuidados de enfermagem no momento do óbito

Cuidados de enfermagem no momento do óbito

Os profissionais da enfermagem, são os primeiros a constatar que algo não vai bem com determinado paciente, ou quando vão ao óbito. A equipe de enfermagem desempenha um papel fundamental nos cuidados no momento do óbito e no preparo do corpo.

O cuidado de enfermagem no momento do óbito é um conjunto de ações que visa proporcionar um fim de vida digno e respeitoso para o paciente e sua família. O momento do óbito começa quando a equipe de saúde tem a suspeita de óbito, enquanto que, o preparo do óbito começa depois do momento da morte declarada do paciente.

É importante ressaltar que o cuidado de enfermagem no preparo do óbito deve ser realizado de forma humanizada, respeitando as crenças, valores e desejos do paciente e de sua família. O objetivo é proporcionar um momento de despedida tranquilo e acolhedor, contribuindo para o processo de luto e para a preservação da memória do paciente.

Os pacientes ficam sob a supervisão ininterruptamente da equipe de enfermagem. Técnicos de enfermagem, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, estão sempre à postos para atender aos pacientes que estão sob os seus cuidados.

Os cuidados de enfermagem no momento do óbito

Os profissionais da enfermagem, são os primeiros a constatar que algo não vai bem com determinado paciente. No momento de suspeita de óbito, os cuidados de enfermagem incluem:

  1. Notificar a equipe médica: o primeiro passo que a equipe de enfermagem deve tomar na suspeita do óbito é, notificar a equipe médica responsável pelo paciente para constatar o óbito.
  2. Verificar a ausência de sinais vitais: o enfermeiro ou técnico de enfermagem, deve verificar se não há sinais de respiração, pulso e pressão arterial.
  3. Confortar o paciente: é importante garantir que o paciente esteja o mais confortável possível. O enfermeiro ou técnico de enfermagem pode mudar a posição do paciente, remover quaisquer tubos ou dispositivos médicos, e cobrir o corpo com um lençol ou cobertor para garantir sua privacidade.
  4. Informar a família: após a constatação do óbito pelo médico, o enfermeiro pode informar a família sobre o falecimento do paciente e fornecer suporte emocional.
  5. Documentar: é importante documentar no prontuário do paciente a hora do morte, os cuidados prestados e as reações da família. O motivo da morte, é declarado pelo médico na declaração de óbito. A equipe de enfermagem não tem a competência de declarar o óbito.
  6. Preparar o corpo: após a morte, o enfermeiro deve preparar o corpo para o transporte, seguindo os procedimentos estabelecidos pela instituição de saúde.
  7. Realizar o processo de doação de órgãos (se aplicável): se o paciente tiver expressado o desejo de doar órgãos, ou se a família expressar essa vontade, a equipe de enfermagem deve seguir os protocolos estabelecidos para a doação.
  8. Oferecer suporte emocional: a equipe de enfermagem deve oferecer suporte emocional aos membros da família e amigos do paciente, e encaminhá-los para profissionais de saúde especializados em lidar com o luto.

Esses são alguns cuidados de enfermagem que se deve tomar no momento do óbito, outros cuidados poderão ser aplicados de acordo com a instituição.

Declaração de óbito e certidão de óbito

A declaração de óbito é um documento preenchido pelo médico ou autoridade competente que atesta a morte de uma pessoa, indicando a causa do falecimento, data e local do óbito, além de outras informações relevantes. A declaração de óbito é um documento legal e é usado para fins de registro e estatística, mas não é uma prova formal da morte.

Já a certidão de óbito é um documento emitido pelo cartório de registro civil, que comprova legalmente a morte de uma pessoa e é utilizada para fins de inventário, pensão, seguros, entre outros. A certidão de óbito contém informações semelhantes à declaração de óbito, mas tem um formato mais formal e é emitida após o registro do falecimento no cartório.

Resumindo, a declaração de óbito é um documento preenchido pelo médico ou autoridade competente para atestar a morte de uma pessoa, enquanto a certidão de óbito é um documento emitido pelo cartório de registro civil que comprova legalmente a morte de uma pessoa e é usada para fins legais.

Preparo do corpo após o óbito

Os enfermeiros e técnicos de enfermagem, também devem verificar as normas e política da instituição quanto ao óbito do paciente. Dependendo da instituição, outros profissionais também participam do processo dos cuidados durante e após a morte, como assistente social e psicólogo.

Abaixo estão listados 32 cuidados que os enfermeiros devem ter no preparo do óbito:

  1. Informar a família sobre a morte;
  2. Providenciar a higiene do corpo;
  3. Realizar a limpeza do ambiente;
  4. Remover pertences pessoais, identificar e entregar para um familiar ou responsável;
  5. Colocar o paciente em posição confortável;
  6. Realizar o fechamento das pálpebras;
  7. Realizar a limpeza do nariz e boca;
  8. Realizar a higiene bucal;
  9. Remover sondas, cateteres e outros dispositivos médicos.
  10. Colocar fralda geriátrica;
  11. Realizar a mudança de decúbito a cada duas horas;
  12. Providenciar a documentação necessária para o óbito;
  13. Comunicar a morte do paciente à equipe médica;
  14. Providenciar o laudo de necropsia, se necessário;
  15. Providenciar a remoção do corpo, se necessário;
  16. Colocar o corpo em saco mortuário;
  17. Identificar o corpo com etiquetas apropriadas;
  18. Providenciar a liberação do corpo para o velório ou sepultamento;
  19. Fornecer apoio emocional aos familiares;
  20. Oferecer a possibilidade de acompanhamento do velório pelo enfermeiro;
  21. Preparar o ambiente do velório, se necessário;
  22. Providenciar a ornamentação do corpo, se necessário;
  23. Providenciar a colocação do caixão;
  24. Proporcionar conforto e segurança aos familiares durante o velório;
  25. Identificar e acolher possíveis sintomas de luto patológico;
  26. Providenciar informações sobre os ritos funerários;
  27. Orientar sobre os procedimentos legais;
  28. Identificar e encaminhar a família para serviços de apoio psicológico, se necessário;
  29. Providenciar informações sobre o processo de luto;
  30. Oferecer o apoio necessário à família durante o período de luto;
  31. Realizar o registro da assistência prestada;
  32. Manter a privacidade e respeitar os costumes e crenças da família.

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