Via Inalatória Administração de Medicamentos

Via Inalatória Administração de Medicamentos

Atualizado em 08/02/2023 às 08:40

A via inalatória utiliza gases como meio de transporte para medicamentos. 

Na Via Inalatória, a Administração de Medicamentos têm ação no sistema respiratório. Popularmente, essa via é conhecida por inalação.

Pulverização de partículas

Essa técnica, consiste na pulverização de partículas líquidas suspensas para fins terapêuticos nas vias respiratórias, principalmente broncodilatadores e corticosteróides, que atuarão no próprio local. A absorção é direta e visa à deposição de partículas a nível pulmonar, evitando efeitos sistêmicos secundários indesejáveis e apresentando tempo de resposta mais rápido que outras vias de administração.

Segundo consenso internacional, a via inalatória é preferencialmente escolhida em casos de bronquite, pois permite a aplicação direta do medicamento nas vias aéreas inferiores. A classificação envolve modalidade de aplicação, geração de partículas e principalmente deposição nas vias de condução. Nesse contexto, diversos fatores influenciam a ação do fármaco, como tamanho e movimentação das partículas, fluxo ventilatório durante a inalação, expansão pulmonar durante a administração do aerossol, anatomia das vias aéreas, mecânica respiratória e interface entre o nebulizador e o paciente. A otimização terapêutica também depende do tipo de nebulizador que é acionado por jato, ondas ultrassônicas e dosado por gás propelente, diferenciado pelo princípio físico que gera a névoa.

As partículas menores, são depositadas por sedimentação em vias aéreas menos calibrosas e mais distais, por fluxo misto, tanto turbilhão quanto laminar em níveis mais distais, ou ainda pelo movimento molecular, chamado de agitação ou difusão browniana, em áreas onde não há fluxo e a deposição pode ocorrem em patches de menos de 1μ. Também é considerada a característica da respiração como fator de influência para a otimização das partículas respiráveis. Isso é decisivo para a aplicação dos nebulizadores a jato, pois a respiração rápida com ritmo 1:1 e até o estreitamento das vias aéreas gera um fluxo turbulento com grande deposição nas vias aéreas superiores e orofaringe. Inversamente proporcional aos inaladores de pó, quando o aerossol é gerado pelo paciente em um fluxo maior que 60L/min.

               Material:

  • Bandeja inox para apoiar o medicamento e o micronebulizador.
  • Micronebulizador adequado para o paciente (adulto ou criança).
  • Medicamento.
  • Lenço de papel ou toalha de papel para o paciente secar o rosto.

                Técnica:

  • Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medica- mento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
  • Higienizar as mãos.
  • Orientar o paciente sobre a administração do medicamento.
  • Preparar o medicamento, se necessário, na frente do paciente ou de seu acompanhante.
  • Adaptar o micronebulizador à rede de gases (oxigênio ou ar comprimido).
  • Manter a vazão do gás entre 10 e 15 litros por minuto, ou a critério médico.
  • Orientar o paciente a respirar normalmente enquanto faz a micronebulização.
  • Remover possíveis resíduos do medicamento com auxílio de lenço de papel.
  • Deixar o paciente confortável.
  • Desprezar o material.
  • Lavar as mãos.
  • Fazer anotação no prontuário conforme rotina da instituição.
  • Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar relacionadas ao fármaco administrado.
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