O que se faz em uma triagem?

O que se faz em uma triagem?

A triagem é uma etapa inicial realizada em serviços de saúde ou assistência social para avaliar a gravidade e a urgência das demandas dos pacientes ou usuários. O objetivo principal da triagem é identificar as pessoas que precisam de atendimento imediato e aquelas que podem aguardar um pouco mais para serem atendidas.

Durante a triagem, é feita uma avaliação rápida do estado de saúde ou da situação social da pessoa que busca ajuda, com base em informações como sintomas apresentados, histórico de saúde, idade, condições socioeconômicas, entre outros fatores relevantes. Dependendo do serviço, essa avaliação pode ser feita por um profissional de saúde (como um médico ou enfermeiro) ou por um profissional de assistência social.

Com base nessa avaliação, as pessoas são classificadas em diferentes níveis de prioridade, geralmente utilizando um sistema de cores ou números. As pessoas classificadas como prioritárias recebem atendimento imediato, enquanto aquelas com menor prioridade aguardam sua vez segundo a ordem de chegada ou com o agendamento prévio.

Vale ressaltar que a triagem é uma etapa importante para garantir a efetividade e a segurança do atendimento, pois permite que as pessoas mais urgentes recebam atenção imediata e evita que casos graves sejam negligenciados.

Existem vários tipos de triagem, que pode ser implementada conforme a necessidade da instituição. Na Enfermagem, o serviço de triagem é aplicado no sistema de Classificação de Risco.

Quem deve realizar a triagem dos pacientes?

A triagem pode ser realizada por diferentes profissionais, dependendo do contexto e do serviço de saúde ou assistência social em que é realizada. Segundo o Ministério da Saúde, a triagem é realizada por profissionais de nível superior e que tenham formação específica para essa atividade.

Entre os profissionais que podem realizar a triagem, estão:

  1. Enfermeiros: Em serviços de saúde, enfermeiros são frequentemente responsáveis pela triagem dos pacientes, avaliando a gravidade dos sintomas e encaminhando os pacientes para atendimento especializado.
  2. Médicos: Em serviços de emergência, médicos podem realizar a triagem, avaliando a gravidade das condições de saúde dos pacientes e direcionando-os para o atendimento adequado.
  3. Assistentes sociais: Em serviços de assistência social, assistentes sociais podem realizar a triagem, avaliando as demandas dos usuários e encaminhando-os para serviços especializados de acordo com suas necessidades.
  4. Psicólogos: Psicólogos realizam triagem no desempenho de suas atividades. Em pacientes encaminhados para o, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), com objetivo de realizar estratificação de risco de saúde mental, avaliar a gravidade do paciente e determinar encaminhamentos.

É importante ressaltar que, independentemente do profissional responsável pela triagem, ele deve ter formação específica para essa atividade e seguir protocolos e diretrizes estabelecidos pelos órgãos competentes. Isso garante a segurança e a efetividade do atendimento aos pacientes.

De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), a triagem é uma atividade privativa do enfermeiro. Isso significa que apenas enfermeiros registrados no Conselho Regional de Enfermagem (COREN) podem realizar a triagem de pacientes, sendo uma atividade vedada a técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem.

Quais os pontos analisados?

Os pontos avaliados na triagem podem variar de acordo com o contexto e o serviço de saúde. No entanto, em geral, são considerados alguns aspectos importantes para definir a gravidade e a urgência da demanda dos pacientes.

Alguns dos pontos avaliados na triagem incluem:

  1. Sintomas: É avaliado quais sintomas o paciente apresenta e há quanto tempo apresenta, para identificar se são sintomas de um problema agudo ou crônico.
  2. Gravidade: É avaliado se o estado de saúde do paciente é grave e se há risco iminente de vida ou de sequelas, para priorizar o atendimento.
  3. Histórico de saúde: É avaliado se o paciente tem histórico de doenças ou condições de saúde que possam agravar a situação atual.
  4. Idade: Crianças e idosos, por exemplo, são geralmente considerados pacientes de maior risco e podem ter prioridade no atendimento.
  5. Condições socioeconômicas: É avaliado se o paciente tem condições socioeconômicas precárias, o que pode agravar a situação de saúde.
  6. Origem da demanda: É avaliado se a demanda veio de uma emergência ou urgência, ou se foi encaminhada por outro serviço de saúde.
  7. Nível de dor: É avaliado o nível de dor relatado pelo paciente, já que dores intensas podem indicar uma situação de maior gravidade.

Esses são apenas alguns dos pontos que podem ser avaliados na triagem. O objetivo é priorizar o atendimento dos pacientes que apresentam maiores riscos ou necessidades de atendimento imediato, garantindo um atendimento mais eficiente e seguro.

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