Adolescente de 17 anos morre em Pouso Alegre com suspeita de dengue grave e mobiliza autoridades de saúde

Última atualização: 14/04/2025

A cidade de Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, foi abalada neste final de semana pela morte precoce de uma adolescente de 17 anos, que apresentava sinais clínicos compatíveis com dengue hemorrágica, a forma mais severa da doença. Isabela Cassemiro dos Santos estava internada desde a última quarta-feira (9) no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, unidade de referência da região, onde recebeu atendimento médico intensivo. Apesar dos esforços da equipe de saúde, a jovem não resistiu às complicações e faleceu antes que os exames laboratoriais complementares confirmassem o tipo exato da infecção. O corpo foi sepultado no sábado (12), no Cemitério Municipal da cidade, em um clima de comoção entre amigos, familiares e membros da comunidade local.

Diagnóstico preliminar aponta dengue, mas exames mais precisos ainda são aguardados

Segundo nota oficial divulgada pela Prefeitura de Pouso Alegre, um teste rápido realizado no dia 8 de abril confirmou a presença do vírus da dengue no organismo da jovem. No entanto, amostras adicionais foram encaminhadas ao laboratório de referência estadual, localizado em Belo Horizonte, para uma investigação detalhada que possa esclarecer se o caso envolve realmente a forma hemorrágica da doença — considerada a mais letal devido ao risco de sangramentos e choque circulatório.

A administração municipal se manifestou publicamente após a confirmação do óbito, prestando solidariedade à família da vítima e reafirmando o compromisso da Secretaria Municipal de Saúde com a intensificação das medidas de combate à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

“A Prefeitura de Pouso Alegre lamenta profundamente a perda da jovem e se une aos seus entes queridos neste momento de dor. Estamos atentos à situação e reforçamos a necessidade de participação da população na eliminação de criadouros do mosquito”, diz o trecho da nota enviada à imprensa.

População e autoridades locais em estado de alerta com avanço da doença

Moradores da cidade relatam preocupação com o crescimento no número de casos suspeitos da doença, especialmente diante das altas temperaturas e do aumento de chuvas, que favorecem a reprodução do mosquito. Comentários nas redes sociais e manifestações de moradores apontam ainda a necessidade de ações mais incisivas nas áreas rurais e periféricas, onde a presença de agentes de saúde teria sido menos frequente, segundo relatos.

Embora a confirmação da forma hemorrágica da dengue em Isabela ainda dependa de laudos laboratoriais, a suspeita já coloca em evidência os riscos associados ao avanço da doença em Minas Gerais. O estado, assim como diversas regiões do Brasil, enfrenta uma epidemia de arboviroses com crescimento expressivo no número de internações e óbitos registrados nos primeiros meses do ano.

A vigilância epidemiológica segue monitorando novos casos e reforçando campanhas de conscientização para que a população adote medidas básicas de prevenção, como o descarte correto de recipientes com água parada.

Autoridades pedem união da comunidade no enfrentamento à dengue

Em meio à dor da perda, o caso de Isabela se tornou um símbolo da urgência com que o poder público e a sociedade devem agir diante de surtos de doenças evitáveis. A Prefeitura reforça que o enfrentamento à dengue requer esforço coletivo, com ações conjuntas entre os órgãos de saúde e a colaboração efetiva dos moradores em eliminar focos do mosquito transmissor em quintais, calhas, caixas d’água e outros locais propícios à reprodução do Aedes aegypti.

A Secretaria Municipal de Saúde mantém equipes de vigilância ambiental e endemias atuando em visitas domiciliares, aplicação de larvicidas e orientações comunitárias.

A população pode colaborar denunciando possíveis focos por meio do canal oficial da prefeitura e mantendo ambientes limpos e livres de água acumulada. Casos de febre alta, dor de cabeça intensa, dores no corpo e manchas na pele devem ser imediatamente comunicados às unidades de saúde para atendimento precoce.

Fim trágico mobiliza reflexão sobre prevenção e políticas públicas

O falecimento de uma adolescente em plena juventude, com suspeita de dengue hemorrágica, reforça a importância da vigilância constante e da prevenção como estratégias fundamentais para evitar novas tragédias.

Enquanto os exames laboratoriais definitivos são aguardados, a comunidade de Pouso Alegre presta homenagens a Isabela e se une em torno do apelo por mais ações de saúde pública e vigilância epidemiológica eficaz. Veja também Descarga com a tampa aberta: um hábito comum que espalha germes perigosos.

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