Última atualização: 24/01/2025
O estado de Goiás enfrenta uma nova onda de alerta sanitário com o retorno do sorotipo 3 do vírus da dengue, que não era registrado no Brasil há 17 anos. Até o momento, mais de 2 mil casos foram contabilizados em 2025, além de seis mortes suspeitas que estão sob investigação pelo Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros. A informação foi divulgada pelo governador Ronaldo Caiado durante o lançamento de um mutirão de combate à doença.
A ameaça do sorotipo 3
O retorno do sorotipo 3, aliado à presença dos sorotipos 1 e 2, preocupa especialistas devido à falta de imunidade da população contra essa linhagem específica. A coinfecção por diferentes sorotipos pode elevar os riscos de manifestações graves da doença. O secretário estadual de Saúde, Rasível Santos, destacou a detecção do DENV-3 em cidades estratégicas como Anápolis, Rio Verde e Goianira, intensificando a vigilância epidemiológica e as ações de combate ao Aedes aegypti.
Mutirão para controle do Aedes aegypti
Uma das principais ações do governo é o mutirão, que integra as prefeituras de Goiânia e Aparecida de Goiânia, abrangendo 26 quilômetros de área urbana na divisa entre as cidades. As atividades incluem limpeza de bueiros, remoção de entulho, roçagem e tapa-buracos, além de visitas domiciliares para orientar a população sobre a eliminação de criadouros do mosquito. O governador Caiado, que também é médico, reforçou a importância da vacinação como uma ferramenta essencial na prevenção de doenças. Ele criticou a baixa adesão às campanhas de vacinação no país, destacando que “se não existisse vacina, não existiria mais o ser humano”.
Impactos sociais e econômicos
Além das mortes em investigação, a dengue representa um impacto significativo na saúde pública e nos serviços médicos da região. Em bairros de Aparecida de Goiânia, ações sociais foram integradas ao mutirão, oferecendo serviços como cadastramento no CadÚnico, testagem de covid-19, consultas médicas e encaminhamentos para empregos.
Um esforço coletivo
As autoridades destacam que a luta contra a dengue requer a colaboração de toda a sociedade. Medidas simples, como evitar o acúmulo de água parada, podem salvar vidas. A mobilização é urgente, especialmente diante da ameaça de uma epidemia com o ressurgimento do sorotipo 3, um desafio de saúde pública que exige atenção redobrada. Ver Nova variante da Dengue: Alerta e mobilização em 2025.
