Última atualização: 05/02/2025
O presidente argentino, Javier Milei, confirmou a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), destacando divergências profundas em relação à gestão da pandemia de COVID-19 e em nome da soberania nacional. A decisão, anunciada em 5 de fevereiro de 2025, reflete um movimento alinhado à política externa norte-americana, especialmente ao presidente Donald Trump, que havia tomado medidas semelhantes anteriormente.
Motivações da decisão
- Divergências com a OMS: A gestão da pandemia foi o ponto central das críticas. Segundo o porta-voz presidencial Manuel Adorni, o longo período de confinamento imposto na Argentina foi considerado o “mais longo da história da humanidade” e atribuíram à OMS influência política de Estados como a China.
- Custo de Participação: Ser membro da OMS custa à Argentina cerca de US$ 10 milhões anuais (R$ 58 milhões), além de outros gastos com representantes. O governo argumenta que a saída trará maior flexibilidade para políticas internas e melhor uso dos recursos disponíveis.
- Soberania Nacional: A decisão é parte de uma estratégia mais ampla de reestabelecer a soberania argentina, afastando-se de influências externas em temas como saúde.
Contexto Internacional
A medida remete à postura de Donald Trump, que durante seu mandato retirou os Estados Unidos da OMS, alegando que a organização era excessivamente influenciada pela China e adotava políticas ineficazes. A administração de Milei segue um alinhamento ideológico com o líder republicano, fortalecendo laços bilaterais entre os dois países.
Críticas e consequências
Especialistas e organizações internacionais expressaram preocupações quanto às consequências da saída. A OMS desempenha papel fundamental no controle de surtos e doenças globais, como vacinação e combate ao HIV. No entanto, o governo argentino afirma que esta decisão não afetará a qualidade dos serviços de saúde no país.
Perspectivas futuras
A decisão sinaliza possíveis novas retiradas da Argentina de outros organismos internacionais. Analistas acreditam que essa postura reflete um esforço de Milei para consolidar sua visão ultraliberal e reposicionar o país em fóruns globais.
Este acontecimento levanta debates sobre o papel das organizações internacionais e o equilíbrio entre autonomia nacional e cooperação global em temas críticos como saúde pública. Ver Técnico de enfermagem morre em acidente de moto em Várzea Grande.