Última atualização: 05/02/2025
Na última sexta-feira (31), uma jovem de 19 anos, identificada como Ana Carolina, tornou-se o centro das atenções nas redes sociais após protagonizar um episódio inusitado: ela fingiu ter sido aprovada no concorrido curso de Medicina da Universidade do Estado do Pará (UEPA). A suposta conquista foi celebrada com entusiasmo, e a estudante chegou a participar da tradicional recepção aos calouros na instituição, vestindo jaleco e interagindo com outros aprovados. No entanto, a farsa não demorou a ser descoberta. Rapidamente, usuários das redes sociais começaram a questionar a veracidade da aprovação, e uma investigação mais detalhada revelou que o nome de Ana Carolina não constava na lista oficial de aprovados.
A repercussão foi imediata, e a jovem foi duramente criticada na web, sendo até apelidada de “Caloura de Taubaté” — uma referência ao famoso caso da falsa grávida de Taubaté.
Construção de uma mentira
Antes de ser desmascarada, Ana Carolina chegou a conceder entrevistas para veículos de comunicação locais, onde contou uma história emocionante sobre sua suposta trajetória de estudos. Segundo ela, sua aprovação era fruto de três anos de dedicação intensa, sendo uma homenagem ao pai, que teria falecido recentemente. “Foram anos de estudo. Me dediquei muito para esse momento. Dá uma sensação incrível, de dever cumprido”, declarou na ocasião.
Entretanto, conforme a polêmica se espalhava, pessoas próximas começaram a desmenti-la. Uma ex-professora revelou que Ana Carolina havia concluído o ensino médio apenas no ano anterior, em 2024, e que seu pai estava vivo, contrariando a narrativa apresentada pela jovem. A imprensa também confirmou que o nome dela não estava na lista da UEPA, evidenciando a farsa.
Confissão e pedido de desculpas
Diante da enxurrada de críticas e da exposição negativa, Ana Carolina decidiu se manifestar nas redes sociais, admitindo que tudo não passou de uma encenação. “O que fiz não foi certo com a direção e com as pessoas presentes naquele momento. A todos que magoei e que ficaram chateados, peço desculpas e estou disposta a arcar com as consequências“, escreveu em um comunicado publicado em seu perfil.
Apesar das desculpas, a jovem também tentou justificar sua atitude, mencionando sua paixão por atuar e dançar. “A fama que estou ganhando é muito louca. Algumas pessoas me elogiam, outras dizem que eu errei. No final das contas, eu vivi, fiz o que gosto, que é atuar, dançar e comemorar. Foi uma vitória que nunca conquistei e nunca irei conquistar. Como minha mãe sempre diz: ‘Mentira tem perna curta’. Os sorrisos e os momentos foram bons enquanto duraram“, completou.
Repercussão nas redes sociais
A história viralizou rapidamente, gerando um intenso debate sobre a pressão acadêmica e as consequências da busca pela aceitação social. Enquanto alguns internautas criticaram duramente a jovem por enganar tantas pessoas, outros demonstraram certa compreensão, argumentando que o episódio revela uma sociedade cada vez mais obcecada por status e sucesso.
O caso de Ana Carolina também reacendeu discussões sobre o impacto da internet na vida dos jovens, levantando reflexões sobre até que ponto as redes sociais podem impulsionar comportamentos extremos em busca de validação. Além disso, especialistas alertam para os riscos do chamado “mitomania social“, em que indivíduos criam falsas narrativas para se encaixar em determinados padrões de aceitação.
Embora tenha se desculpado publicamente, Ana Carolina continua a enfrentar críticas e a repercussão de sua atitude, mostrando que, na era digital, as consequências das ações podem ser implacáveis. Veja também Jovem vence câncer e inspira com celebração no hospital.