Bolsonaro segue internado em UTI após cirurgia complexa para tratar obstrução intestinal

Última atualização: 16/04/2025

O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece em estado de observação rigorosa na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após se submeter a uma delicada cirurgia que durou aproximadamente 12 horas no último domingo, 13 de abril. O procedimento teve como objetivo tratar uma obstrução intestinal causada por aderências — chamadas de bridas — formadas em decorrência das intervenções cirúrgicas realizadas após o atentado que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018. De acordo com o mais recente boletim médico, divulgado na manhã desta quarta-feira (16/4), o paciente apresenta evolução clínica satisfatória, sem sinais de dor, sangramentos ou outras complicações, mas segue sem previsão de alta da UTI.

Procedimento cirúrgico e quadro clínico atual

A cirurgia teve como foco a retirada de aderências intestinais e a reconstrução de parte da parede abdominal, uma intervenção comum entre pacientes que já passaram por múltiplas operações na região do abdômen. Tais aderências são tecidos fibrosos que, ao se formarem internamente, podem comprometer o trânsito intestinal, causando obstruções parciais ou completas.

Ainda conforme os médicos, Bolsonaro apresenta bom estado geral no pós-operatório, sendo submetido a sessões de fisioterapia respiratória e motora, incluindo caminhadas fora do leito hospitalar, conforme permitido pela equipe.

O informe sobre o estado de saúde de Jair Bolsonaro foi assinado por uma equipe médica formada por profissionais de diferentes especialidades, entre eles Cláudio Birolini (chefe da equipe cirúrgica), os cardiologistas Leandro Echenique e Brasil Caiado, o coordenador da UTI, Antônio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior, além de Guilherme Meyer (diretor médico) e Allisson Barcelos Borges (diretor-geral da unidade hospitalar).

Causas e sintomas da obstrução intestinal

A obstrução intestinal é uma condição médica caracterizada pela dificuldade ou impedimento completo da passagem de alimentos pelo sistema digestivo. Pode ser provocada por tumores, inflamações, intoxicações, hérnias e pelas chamadas bridas, que são estruturas fibrosas resultantes de cicatrizações internas.

Os sintomas mais comuns incluem dores abdominais intensas em cólica, inchaço, prisão de ventre, dificuldade para eliminar gases, náuseas e vômitos. No caso de Bolsonaro, a causa principal está diretamente relacionada às múltiplas cirurgias que ele enfrentou nos últimos anos, as quais favoreceram a formação dessas aderências.

Histórico médico após atentado

Desde o atentado a faca ocorrido em Juiz de Fora (MG), durante a campanha de 2018, Jair Bolsonaro já foi submetido a 11 internações hospitalares, a maioria delas relacionada a complicações no trato gastrointestinal.

O quadro atual, segundo os especialistas, é uma consequência direta desse histórico, evidenciando a complexidade dos impactos deixados pelas lesões sofridas à época.

Monitoramento contínuo e ausência de visitas

Apesar da evolução considerada positiva até o momento, a equipe médica optou por manter o ex-presidente em regime de internação intensiva para garantir um acompanhamento minucioso. Por orientação hospitalar, continuam suspensas as visitas ao paciente, e a data para a possível transferência da UTI para outro setor do hospital ainda não foi definida.

O período de recuperação após cirurgias de grande porte como a realizada por Bolsonaro exige cuidados específicos e constante vigilância. A fisioterapia é essencial para evitar complicações respiratórias e estimular a retomada das funções intestinais.

Mesmo diante da boa resposta clínica, os médicos enfatizam que a estabilidade do quadro não significa ausência de riscos, sendo necessário manter o ex-presidente em ambiente controlado até a completa estabilização de sua saúde. Ver Bolsonaro é submetido a procedimento cirúrgico de emergência após agravamento de dores abdominais.

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