Última atualização: 03/02/2025
Na noite da última quinta-feira (30), um incidente violento chocou profissionais da saúde e a comunidade do Paranoá, no Distrito Federal. Um casal, que buscava atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região, protagonizou uma cena de agressão física e verbal contra um enfermeiro, dois vigilantes e o gerente da unidade. O episódio reforça a preocupação com a segurança dos trabalhadores da linha de frente na saúde pública. O ataque gerou tumulto no ambiente hospitalar, afetando não apenas os profissionais diretamente envolvidos, mas também outros pacientes e acompanhantes que presenciaram a cena de violência.
Confusão se inicia por impaciência no atendimento
Segundo relatos, o casal teria se irritado com a espera para ser atendido, desencadeando um episódio de violência. Testemunhas afirmam que os agressores, visivelmente exaltados, recusaram-se a aguardar a chamada e, em um acesso de fúria, partiram para a agressão física contra o enfermeiro que estava na triagem. Ao tentarem conter a confusão, os vigilantes da unidade também foram alvos de socos e empurrões. O gerente da UPA, ao intervir para acalmar a situação, também sofreu agressões verbais e ameaças.
A Polícia Militar foi acionada e rapidamente chegou ao local, efetuando a detenção do casal, que foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.
Repercussão e posicionamento do Coren-DF
O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) repudiou veementemente o ato de violência. Em nota oficial divulgada no sábado (1º), a entidade classificou a agressão como covarde e ressaltou o recorrente desrespeito enfrentado por profissionais da enfermagem e demais trabalhadores da saúde.
“O episódio escancara um problema recorrente e inaceitável: a violência contra profissionais da saúde. Além de enfrentarem jornadas exaustivas e baixos salários, esses trabalhadores ainda precisam lidar com agressões físicas e psicológicas no ambiente de trabalho”, enfatizou o conselho.
A insegurança no setor de saúde
Casos de violência contra profissionais da saúde têm se tornado uma preocupação constante em todo o país. A sobrecarga das unidades públicas de atendimento, somada à impaciência e falta de empatia de alguns pacientes e acompanhantes, tem resultado em episódios de agressão cada vez mais frequentes.
Especialistas e entidades representativas da categoria reforçam a necessidade de medidas de segurança mais eficazes nas unidades de saúde, como reforço no quadro de segurança, treinamentos para lidar com situações de conflito e penalidades mais rigorosas para agressores.
Enquanto as investigações sobre o caso seguem em andamento, o episódio no Paranoá acende mais um alerta para a necessidade de maior proteção aos trabalhadores da saúde, que já lidam com desafios diários para garantir atendimento à população. Ver Relatório de agressão contra profissionais de enfermagem.
