Câncer de boca, saiba identificar

É o câncer que afeta lábios e o interior da cavidade oral. 

Dentro da boca devem ser observados gengivas, mucosa jugal (bochechas) palato duro (céu da boca) e língua (principalmente as bordas), assoalho (região embaixo da língua). O câncer do lábio é mais comum em pessoas brancas e ocorre mais frequentemente no lábio inferior.

Um machucado na boca que incomoda há mais de 15 dias e não cicatriza. O que inicialmente parece ser somente uma afta pode se revelar algo muito mais grave. Se a pessoa for usuária de álcool e cigarro, então, os motivos para preocupação são ainda maiores. Esse ferimento pode ser um câncer bucal.
 
Os tumores nessa região do corpo ocorrem com maior frequência em homens acima de 40 anos, mas podem afetar pessoas de ambos os sexos e todas as idades, até mesmo crianças. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou para 2016 a ocorrência de 15.490 novos casos, sendo 11.140 em homens e 4.350 em mulheres.
 
Alguns fatores de risco potencializam o desenvolvimento da doença. O tabagismo é o primeiro da lista. “A maioria dos pacientes portadores desse tipo de tumor, cerca de 90%, é tabagista. O hábito de mascar tabaco aumenta também, e muito, a possibilidade de desenvolvimento do câncer bucal”, destaca o oncologista Roberto Fonseca, diretor da Oncomed-BH, clínica especializada no tratamento de tumores.
 
A prevenção secundária é a visita regular ao dentista para, em caso de aparecimento da doença, ser diagnosticada de forma precoce. “Quando esse tumor é diagnosticado no início e o paciente é logo submetido ao tratamento adequado, a possibilidade de cura é de 80%”, pontua Fonseca.
 

Prevenção do câncer de boca

O câncer de boca acomete mais os homens acima dos 40 anos.  Os fatores de risco mais conhecidos para este tipo de câncer são:

– Tabaco : de acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. O cigarro representa o maior risco para o desenvolvimento dessa doença, e o risco varia de acordo com o consumo. Ou seja, quanto mais frequente for o ato de fumar, maiores serão as chances de desenvolver câncer de boca.

– Etilismo :  o consumo regular de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver câncer de boca. A associação entre cigarro e bebidas alcoólicas aumenta muito o risco para câncer de boca.

– Vírus HPV : Pesquisas comprovam que o vírus HPV está relacionado a alguns casos de câncer de boca.

– Radiação solar: A exposição ao sol sem proteção representa um risco para o câncer de lábios.

Além destes fatores, observa-se em pacientes com câncer de boca uma higiene bucal deficiente e uma dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e rica em gorduras.

Sinais e sintomas do câncer de boca

Os sintomas do câncer de boca surgem de forma silenciosa e, pelo fato de não haver dor, a pessoa pode demorar para buscar tratamento, sendo a doença diagnosticada, na maioria das vezes, em estágios mais avançados. Os sinais e sintomas indicativos de câncer de boca variam de acordo com o grau de desenvolvimento da doença, sendo os primeiros sinais:

  • Ferida ou aftas na cavidade bucal que não cicatrizam em 15 dias;
  • Manchas vermelhas ou brancas nas gengivas, língua, lábios, garganta ou revestimento da boca;
  • Pequenas feridas superficiais que não doem e que podem ou não sangrar;
  • Irritação, dor na garganta ou sensação que algo está preso na garganta.

Porém, em estágios mais avançados, os sintomas evoluem para:

Dificuldade ou dor ao falar, mastigar e engolir;

Caroços no pescoço devido ao aumento das ínguas;

Dor em torno dos dentes, que podem cair facilmente;

Mau hálito persistente;

Perda súbita de peso.

Tratamento pode deixar sequelas

O tratamento do câncer bucal envolve cirurgia e pode ser complementado com radioterapia, segundo o oncologista Roberto Fonseca. “A escolha vai depender da localização do tumor e das potenciais sequelas provocadas pelo procedimento. Em casos avançados, a associação de radioquimioterapia antes ou depois da cirurgia aumenta as chances de cura”, afirma.
 
Segundo ele, o tratamento desse câncer pode deixar sequelas, principalmente no caso de tumores mais avançados, que exigem intervenções extensas.
 
“Cirurgias de mandíbula, palato (céu da boca) ou língua podem comprometer a fala. A radioterapia pode trazer irritação ou ressecamento da boca, dificuldade de deglutir e perda do paladar. A avaliação e o tratamento dentário prévios reduzem as sequelas da radiação. Mas, hoje, há avanços nas técnicas de cirurgia plástica que promovem aparência praticamente normal para quem se submeteu a cirurgias agressivas”, ressalta.

Fonte: Ministério da Saúde; Instituto do Câncer (INCA)

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