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Relatório de agressão contra profissionais de enfermagem

Infelizmente, a agressão contra profissionais de enfermagem é uma realidade presente em diversas partes do mundo, sendo considerada um grave problema de saúde pública. Esses profissionais são expostos a situações de violência verbal, física e psicológica, muitas vezes, sem a devida proteção e apoio.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50% dos profissionais de saúde relatam ter sofrido algum tipo de violência no ambiente de trabalho, sendo que os profissionais de enfermagem são os mais afetados. A agressão pode ocorrer tanto por parte dos pacientes e familiares como de colegas de trabalho e gestores.

A situação não é diferente bo Brasil. De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), entre janeiro e julho de 2021, foram registradas 323 ocorrências de violência contra profissionais de enfermagem em todo o país, incluindo agressões verbais e físicas, ameaças e assédio moral. Além disso, muitas vezes, as agressões não são denunciadas por medo de represálias ou por acreditar que não haverá punição para o agressor.

Essa realidade impacta não só a saúde dos profissionais de enfermagem, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes. A exposição à violência pode levar a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático, além de afetar a motivação e a produtividade no trabalho.

É importante que as instituições de saúde adotem medidas para prevenir e combater a violência contra profissionais de enfermagem, como a criação de políticas de segurança no trabalho, o treinamento dos funcionários para lidar com situações de conflito e a disponibilização de canais de denúncia e apoio psicológico para as vítimas.

Além disso, é fundamental que a sociedade valorize e respeite o trabalho desses profissionais, reconhecendo a importância do seu papel na assistência à saúde.

Agressão contra técnicos e enfermeiros no Brasil

No Brasil, a agressão contra técnicos e enfermeiros no Brasil é um problema sério e recorrente. Esses profissionais, estão na linha de frente na assistência à saúde do paciente e têm sido alvo, de diversas formas de violência, desde agressões verbais até físicas.

De acordo com dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), entre março de 2020 e abril de 2021, foram registrados 31.790 casos de agressão a profissionais de enfermagem em todo o país. Desses casos, 9.381 foram de agressão verbal e 683 de agressão física.

As agressões podem ocorrer tanto em ambientes de trabalho, como hospitais e postos de saúde, quanto em transporte público e outros espaços públicos. Os motivos para as agressões variam, mas muitas vezes estão relacionados à frustração e ansiedade dos pacientes e seus familiares em relação ao atendimento recebido.

Para combater esse problema, é importante que haja uma maior conscientização sobre a importância do trabalho dos técnicos e enfermeiros, bem como o respeito e a valorização desses profissionais. Além disso, é necessário que sejam criadas políticas públicas que garantam a segurança e a proteção desses trabalhadores, bem como a punição dos agressores.

Pesquisa do Perfil da Enfermagem

A Pesquisa do Perfil da Enfermagem, realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), traz dados alarmantes sobre a agressão contra profissionais de enfermagem no Brasil.

Segundo a pesquisa, 69,7% dos enfermeiros e técnicos de enfermagem entrevistados afirmaram terem sido vítimas de algum tipo de violência no ambiente de trabalho nos últimos 12 meses. A agressão verbal foi a forma mais comum de violência relatada, sendo registrada por 65,1% dos entrevistados, seguida da agressão física (22,6%) e do assédio moral (17,1%).

A pesquisa também revela que a maioria das agressões ocorre no ambiente hospitalar, sendo que os principais agressores são os pacientes e seus familiares. Entre os motivos citados para as agressões estão a insatisfação com o atendimento e a espera prolongada para o atendimento.

Esses dados mostram a urgência de medidas que garantam a segurança e a proteção dos profissionais de enfermagem, bem como a valorização desses profissionais que estão na linha de frente no combate à diversas doenças e problemas de saúde, como aconteceu na pandemia da COVID-19.

A criação de políticas públicas que visem à prevenção da violência e à punição dos agressores é essencial para a garantia de um ambiente de trabalho seguro e saudável para os profissionais de enfermagem.

O que os políticos podem fazer para combater a violência contra profissionais de enfermagem?

Os políticos têm um papel importante no combate à violência contra profissionais de enfermagem no Brasil. Algumas ações que podem ser tomadas são:

  1. Criação de leis específicas: é importante que sejam criadas leis específicas para proteger os profissionais de enfermagem e punir os agressores. Essas leis devem prever penas mais rigorosas para quem cometer violência contra esses profissionais.
  2. Campanhas de conscientização: os políticos podem promover campanhas de conscientização sobre a importância do trabalho dos profissionais de enfermagem e a necessidade de respeitá-los e valorizá-los. Essas campanhas podem ser realizadas em escolas, universidades, hospitais e outros locais.
  3. Investimento em segurança: é importante que os políticos invistam em segurança nos locais de trabalho dos profissionais de enfermagem. Isso pode ser feito através da contratação de seguranças ou instalação de câmeras de segurança, por exemplo.
  4. Capacitação dos profissionais: os políticos podem investir em capacitação para os profissionais de enfermagem, para que eles saibam como lidar com situações de violência e como se proteger.
  5. Melhoria das condições de trabalho: é importante que os políticos invistam na melhoria das condições de trabalho dos profissionais de enfermagem, como a redução da carga horária e a contratação de mais profissionais para atender à demanda.

Essas são algumas das ações que os políticos podem tomar para combater a violência contra profissionais de enfermagem no Brasil. É importante lembrar que a valorização desses profissionais é essencial para garantir um atendimento de qualidade à população e um ambiente de trabalho seguro e saudável para eles.

Profissionais de enfermagem podem ser indenizados se for vítima de agressão no trabalho?

Sim, profissionais de enfermagem têm direito a indenização se forem vítimas de agressão no trabalho. A agressão física ou verbal no ambiente de trabalho é considerada um acidente de trabalho e é protegida pela legislação trabalhista.

Os profissionais de enfermagem têm o direito de trabalhar em um ambiente seguro e protegido, e o empregador tem a responsabilidade de tomar medidas para minimizar ou eliminar os riscos de violência no ambiente de trabalho. Se o empregador não tomar medidas adequadas para garantir a segurança dos seus funcionários, ele pode ser responsabilizado por qualquer dano ou lesão sofrida pelo profissional de enfermagem.

Se um profissional de enfermagem for vítima de agressão no trabalho, ele deve notificar imediatamente o empregador e buscar assistência médica, se necessário. Além disso, ele pode buscar aconselhamento jurídico e buscar indenização pelos danos sofridos, incluindo danos físicos e emocionais, custos médicos, perda de salário e outras despesas relacionadas à agressão.

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