Última atualização: 14/02/2025
Segundo a Secretaria de Justiça do RS, ela estava em cela individual e havia sido transferida para outra unidade por questões de segurança uma semana antes, mas retornou ao presídio original dias antes de morrer.
Principais Pontos
- Deise Moura dos Anjos, principal suspeita de envenenar um bolo que matou três familiares no RS, foi encontrada morta em sua cela na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
- Autoridades apontam suicídio por asfixia, mas investigações sobre as circunstâncias continuam.
- Caso pode ser arquivado devido à morte da única acusada, embora polícia investigue ligações com outras mortes por envenenamento.
A Tragédia do Bolo Envenenado
No dia 23 de dezembro de 2024, uma confraternização familiar em Torres (RS) terminou em tragédia após o consumo de um bolo contaminado com arsênio. Três pessoas morreram:
- Zeli dos Anjos (58 anos), que preparou o bolo;
- Tatiana (32 anos), sobrinha de Zeli;
- Matheus (8 anos), sobrinho-neto de Zeli.
Duas outras vítimas sobreviveram com sequelas graves. A polícia identificou que o veneno foi adicionado à farinha usada no preparo. Investigadores acreditam que o crime foi premeditado, motivado por conflitos familiares e ciúmes.
A Morte de Deise na Prisão
Deise, de 42 anos, foi presa em 5 de janeiro de 2025 e respondia por triplo homicídio qualificado e tentativas de homicídio. Na quinta-feira (13), foi encontrada enforcada com um pedaço de pano em sua cela. Segundo a Secretaria de Justiça do RS, ela estava em cela individual e havia sido transferida para outra unidade por questões de segurança uma semana antes, mas retornou ao presídio original dias antes de morrer.
Um recado escrito por Deise na cela está sob análise, mas seu conteúdo não foi divulgado. A versão preliminar aponta para suicídio, embora familiares e parte da opinião pública questionem as condições de vigilância.
A Defesa de Deise: “Não Sou Assassina”
Em depoimentos, Deise negou as acusações: “Não sou assassina. Estou sendo acusada injustamente”. A sogra, uma das sobreviventes, relatou à polícia que a suspeita tinha “ciúme doentio” e a chamava de “Naja”, em referência à cobra venenosa.
O marido de Deise, Paulo Luiz dos Anjos, pediu divórcio um dia antes de sua morte. Em documentos, alegou não querer “herdar dívidas” dela. Paulo também é investigado: sua morte, em setembro de 2024, foi recentemente vinculada ao consumo de arsênio, segundo perícia.
Impacto nas Investigações
Com a morte de Deise, o processo criminal contra ela deve ser extinto, conforme o Código de Processo Penal. No entanto, a Polícia Civil do RS continua a apurar:
- Se houve cumplicidade de outras pessoas;
- Ligação com a morte do sogro e possíveis outros envenenamentos;
- Motivações por herança ou conflitos familiares.
O delegado Fernando Sodré, responsável pelo caso, afirmou que relatórios finais serão enviados ao Ministério Público, que decidirá pelo arquivamento ou novas diligências.
Perguntas sem Resposta
- Qual era o teor do recado deixado por Deise?
A polícia não divulgou detalhes, mas especula-se que possa revelar motivos ou envolvidos. - Por que Deise foi transferida de volta ao presídio original?
A Secretaria de Justiça não explicou a decisão, levantando suspeitas sobre falhas na segurança. - Há mais vítimas?
Perícias recentes confirmaram arsênio no corpo de Paulo Luiz, morto em 2024. Caso do bolo envenenado: suspeita de crime é encontrada morta em presídio no RS
Repercussão
O caso mobilizou debates sobre saúde mental em presídios e a eficácia do sistema prisional. Nas redes sociais, hashtags como #JustiçaParaMatheus viralizaram, pressionando autoridades por respostas.
Fontes Consultadas: NSC Total, CNN Brasil, Jetss.