Última atualização: 10/12/2024
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), emitiu uma nota oficial no último dia 8 de dezembro expressando repúdio à ação policial que resultou na prisão de dois profissionais de saúde na Maternidade Célia Câmara (HMMCC), em Goiânia. O episódio, que envolveu policiais militares e gerou repercussão nacional, foi descrito pelo Cofen como um ato de violência abominável contra trabalhadores que estavam no exercício de suas funções.
A posição do Cofen
Na nota, o Cofen manifestou “o mais absoluto repúdio e indignação” diante da ação da Polícia Militar de Goiás (PM-GO). A entidade destacou que a conduta dos policiais foi truculenta e inaceitável, reafirmando o compromisso de proteger os direitos dos profissionais de enfermagem.
“Bater e prender profissionais de saúde no exercício da função por cumprir o seu dever é gravíssimo e abominável. Não ficará impune. A Enfermagem vai cobrar”, declarou o Cofen.
Ações e cobranças
O Cofen anunciou que já solicitou ao Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) que preste acolhimento às vítimas, além de estudar medidas jurídicas para reparar os danos causados aos trabalhadores. A entidade também informou que irá formalizar denúncias às autoridades competentes e exigir punições para os policiais envolvidos no caso.
“Mais do que repudiar, é necessário agir, para que cenas repugnantes como as que vimos não voltem a se repetir. Solicitamos ao Comando e à Corregedoria da PM de Goiás que apure a truculência dos policiais envolvidos”, afirmou o Cofen.
Um ato considerado grave
O episódio foi classificado pelo Cofen como uma agressão inaceitável contra profissionais que estavam cumprindo seu dever. A entidade reforçou que o Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem está à disposição para prestar assistência às vítimas e atuar juridicamente em defesa da categoria.
“Vamos prestar assistência às vítimas, denunciar formalmente o caso às autoridades competentes e cobrar, em todas as instâncias necessárias, que os envolvidos sejam punidos pelas agressões inaceitáveis que praticaram”, destacou o conselho.
Repercussões no setor da saúde
O caso no HMMCC em Goiânia expõe mais uma vez a fragilidade da segurança e do respeito aos profissionais de saúde no Brasil. A manifestação do Cofen amplia o debate sobre a necessidade de proteção aos trabalhadores da área, especialmente em contextos de conflito.
Entidades representativas, como o Sindsaúde e o Coren-GO, também se posicionaram criticando a conduta policial e defendendo os profissionais envolvidos. A expectativa é de que o caso seja apurado com rigor e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados.
Um chamado por justiça
O Cofen concluiu sua nota afirmando que a categoria não aceitará que atos como este passem impunes e que a enfermagem continuará lutando para garantir a dignidade e a segurança no exercício da profissão. A mensagem da entidade reforça o compromisso com a valorização dos trabalhadores da saúde e a defesa de seus direitos em todas as esferas.