Crise na saúde de Maricá: falta de médicos afeta população, apesar do orçamento bilionário

Última atualização: 10/03/2025

A cidade de Maricá, situada na região metropolitana do Rio de Janeiro, enfrenta um grave problema na saúde pública. Apesar de contar com um orçamento superior a R$ 7 bilhões, impulsionado majoritariamente pelos royalties do petróleo, a falta de médicos na rede de atenção básica tem gerado transtornos para a população. A carência de profissionais nos postos de saúde compromete o atendimento primário, deixando moradores sem assistência até para procedimentos simples, o que pode agravar quadros clínicos e retardar diagnósticos essenciais.

O problema se tornou um dos principais temas de debate na Câmara Municipal, onde parlamentares cobraram providências e apontaram a ineficiência da administração municipal em garantir serviços médicos de qualidade. A insatisfação popular vem crescendo, refletida em uma série de denúncias sobre unidades de saúde sem atendimento adequado.

Parlamentares cobram respostas da Prefeitura

Durante uma sessão da Câmara de Vereadores, representantes da oposição levantaram questionamentos sobre o déficit de médicos nos postos de saúde. O vereador Chiquinho (PL) alertou para a gravidade da situação, destacando que muitas crianças estão sem acesso a consultas médicas desde o início do ano. Ele exigiu um posicionamento dos parlamentares governistas diante do problema.

Outro vereador, Ricardinho Netuno (PL), criticou a falta de médicos nas unidades de saúde e apontou uma possível falta de prioridade da gestão municipal. Ele mencionou unidades específicas, como os postos de Chácaras de Inoã, Mumbuca e Barra de Divinéia, que vêm sendo alvos frequentes de reclamações. Netuno também acusou a Prefeitura de investir mais em eventos e turismo do que em serviços essenciais para os moradores.

Base governista reconhece o problema

Mesmo entre os parlamentares aliados ao governo, houve reconhecimento das dificuldades enfrentadas na área da saúde. A vereadora Adriana Costa (PDT) afirmou que irá investigar as denúncias e buscar soluções para garantir um atendimento digno à população. “Sem uma saúde funcional, de nada adianta termos um orçamento bilionário”, ressaltou. Ela ainda propôs uma ação conjunta entre os vereadores para pressionar o Executivo municipal a tomar medidas efetivas.

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Dr. Richard (PV), também se manifestou, questionando a Prefeitura sobre a contratação de médicos via contrato de Pessoa Jurídica (PJ), o que, segundo ele, pode impactar a disponibilidade de profissionais na rede pública.

Prefeitura não se posiciona sobre a crise

Diante dos questionamentos, a administração municipal ainda não se pronunciou oficialmente sobre a falta de médicos e as denúncias apresentadas pelos vereadores. A ausência de resposta tem gerado ainda mais insatisfação entre os moradores, que se sentem desamparados ao buscar atendimento nos postos de saúde.

Enquanto isso, a população de Maricá continua enfrentando dificuldades para ter acesso a um direito básico garantido pela Constituição: a saúde pública de qualidade. A pressão política e popular cresce, mas a solução para a crise ainda parece distante. Veja também Letícia Cazarré compartilha atualizações sobre a saúde da filha e emociona seguidores.

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