Príncipe de Luxemburgo morre aos 22 anos vítima de doença rara

Última atualização: 10/03/2025

A família real de Luxemburgo está de luto após o falecimento do príncipe Frederik, de apenas 22 anos. O jovem, filho mais novo do príncipe Robert de Luxemburgo e da princesa Julie de Nassau, travou uma longa e difícil batalha contra uma doença genética rara chamada POLG, que afeta as mitocôndrias do corpo, levando à falência progressiva de múltiplos órgãos. Seu falecimento foi anunciado publicamente pela família no dia 1º de março, na cidade de Paris, onde ele estava em tratamento. Frederik havia sido diagnosticado com a enfermidade aos 14 anos, e desde então, sua trajetória foi marcada por desafios, mas também por um forte empenho na conscientização sobre doenças raras.

Uma batalha contra a POLG

A POLG, condição que levou ao falecimento do príncipe, é uma doença mitocondrial genética que interfere no fornecimento de energia das células. Como resultado, os órgãos perdem progressivamente a capacidade de funcionar. Os sintomas podem variar amplamente, tornando o diagnóstico um grande desafio até mesmo para especialistas da área médica.

A falta de tratamento eficaz para a condição motivou Frederik a criar, em 2022, a Fundação POLG, dedicada ao estudo e desenvolvimento de possíveis terapias para a doença. Seu pai, o príncipe Robert, destacou a bravura do filho e seu compromisso em ajudar outras pessoas que sofrem com essa condição. “Ele transformou sua dor em uma missão”, afirmou em comunicado oficial.

Conscientização sobre doenças raras

A morte do príncipe aconteceu um dia após a celebração do Dia Internacional das Doenças Raras, data criada para chamar atenção para as dificuldades enfrentadas por milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que cerca de 300 milhões de indivíduos convivam com doenças raras, muitas delas de difícil diagnóstico e sem tratamentos eficazes disponíveis.

No comunicado oficial divulgado pela família, o pai de Frederik ressaltou a importância da conscientização e do apoio à pesquisa médica. “Muitas dessas doenças são diagnosticadas tarde demais, dificultando qualquer chance de intervenção. Nossa esperança é que o trabalho iniciado por Frederik continue a iluminar caminhos para outras famílias afetadas“, declarou.

Legado e despedida

Apesar das adversidades impostas pela doença, Frederik fez questão de se despedir individualmente de seus familiares mais próximos. Segundo o relato emocionado de seu pai, o jovem reuniu forças para dizer adeus a cada um de seus entes queridos, incluindo seus irmãos, primos e tios. Sua irmã, Charlotte, e seu irmão, Alexander, estiveram ao seu lado nos momentos finais.

O príncipe Robert, que é primo de primeiro grau do grão-duque Henri, chefe de Estado de Luxemburgo, afirmou que Frederik não queria ser definido pela doença. Pelo contrário, ele dedicou seus últimos anos à luta pela pesquisa científica e ao desenvolvimento de possíveis tratamentos para a POLG.

Com a morte do jovem príncipe, Luxemburgo perde não apenas um membro da família real, mas também um exemplo de força e resiliência diante de uma condição devastadora. Seu legado, no entanto, continua por meio da fundação que ele criou, e que agora tem como missão seguir sua busca por soluções para a POLG e outras doenças raras. Ver também Superpoderes do corpo humano: Quando a realidade supera a ficção.

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