Com o apoio da Força Sindical, categoria vai realizar ato em defesa da redução da jornada de trabalho.
A exemplo da onda de protestos que vem ocorrendo no país desde junho do ano passado, agora é a vez dos profissionais da área de saúde de São Paulo e de outros estados irem às ruas do Centro da capital no dia 14 de março. Definitivamente, o motivo não são os famosos 20 centavos.
Os profissionais da enfermagem vão realizar o ato em defesa de um projeto de lei nacional que reduza a jornada de trabalho, que hoje é de 36 horas para enfermeiros e de 40 para auxiliares, para 30 horas. A reivindicação vale para toda a categoria
A expectativa do grupo é reunir aproximadamente 10 mil pessoas em uma passeata pela Avenida Paulista e outras ruas do Centro da cidade. A concentração será a partir das 14h, no vão-livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo).
“É uma luta antiga, iniciada há 70 anos. Em 2012, a lei que diminui a jornada para 30 horas quase foi votada no Congresso, mas foi retirada de votação na última hora e não conseguimos avançar”, diz Joaquim José da Silva, secretário-geral do Sinsaúde-SP (Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de São Paulo).
Na avaliação de Silva, a redução na jornada não vai conferir apenas maior tempo em casa para o trabalhador. Na verdade, o que está em jogo é uma questão de saúde, ressalta.
“Estamos falando de uma profissão bem desgastante, seja moral ou fisicamente. São esses profissionais que passam a maior parte do tempo com o paciente. Até no último momento de uma pessoa. É uma profissão que trabalha com a vida”, lembra.
Outras reivindicações /No dia do protesto marcado para março, outras reivindicações da categoria deverão ser lembradas. Uma delas é o pedido de mais verba para o SUS (Sistema Único de Saúde). “Estamos pedindo também mais verba para o SUS. O sistema é ótimo, mas faltam recursos. No entanto, não tenho dúvida de que é um ótimo plano para a população da saúde, inclusive copiado por outros países”, destaca o sindicalista.
Quem deve apoiar o protesto é a Força Sindical. A entidade já confirmou presença no evento organizado pelo Sinsaúde-SP.