Última atualização: 02/05/2025
A situação na capital catarinense ficou crítica. Com hospitais cheios e a demanda por atendimento respiratório disparando, Florianópolis se viu obrigada a tomar uma medida drástica para tentar conter o avanço dos casos graves de síndrome respiratória aguda (SRAG). O prefeito Topázio Neto oficializou a decretação de estado de emergência em saúde pública nesta quinta-feira (1º), alertando a população e dando sinal verde para ações imediatas no sistema municipal.
A decisão foi motivada por um cenário preocupante: UTIs superlotadas, falta de leitos de retaguarda e risco iminente à vida dos moradores da cidade e de municípios vizinhos. A medida vale por 180 dias, podendo ser prorrogada caso o quadro não melhore.
Crescimento dos casos preocupa e exige resposta rápida
Os dados que chegaram à prefeitura mostraram uma escalada nos casos de SRAG, especialmente entre recém-nascidos, crianças e adultos. O número de internações subiu tanto que os hospitais da cidade e da região atingiram 100% de ocupação nos leitos destinados a esse tipo de atendimento.
Além disso, as unidades de pronto-atendimento estão enfrentando filas enormes, com gente esperando por cuidados que muitas vezes não chegam a tempo. A pressão sobre o sistema levou à decisão emergencial.
Emergência permite medidas mais ágeis e contratações imediatas
Com o decreto, a prefeitura agora tem carta branca para tomar decisões com mais agilidade. Isso inclui contratar novos profissionais da saúde temporariamente, aumentar a carga horária de quem já está na linha de frente e comprar equipamentos e materiais sem precisar passar pelos trâmites burocráticos de licitação.
A ideia é dar uma resposta rápida à crise, reforçando o atendimento onde for mais necessário.
Sistema hospitalar saturado: o que isso significa para a população
A lotação dos leitos de UTI e a ausência de espaços de retaguarda afetam diretamente a capacidade dos hospitais de acolher novos pacientes. Isso não significa apenas desconforto ou atrasos: em muitos casos, representa risco real à vida.
Crianças que chegam com sintomas graves de infecção respiratória, por exemplo, precisam ser atendidas com urgência — e a falta de estrutura pode ser fatal. Além disso, a superlotação afeta pacientes com outros tipos de doenças que acabam tendo que esperar mais tempo por assistência.
Autoridades pedem apoio da população e atenção aos sintomas
A prefeitura reforçou que é fundamental que as pessoas fiquem atentas aos primeiros sinais de infecção respiratória, como febre alta, falta de ar e cansaço extremo. Casos leves devem ser tratados em unidades básicas de saúde, evitando a sobrecarga dos hospitais maiores.
A cidade também estuda lançar campanhas de prevenção para orientar a população sobre como agir diante da suspeita de SRAG.
Clima de alerta segue nos próximos meses
O decreto de emergência em Florianópolis é um reflexo do momento delicado vivido por várias cidades brasileiras diante do aumento de doenças respiratórias, especialmente com a chegada do outono e a maior circulação de vírus como o influenza e o VSR (vírus sincicial respiratório).
Por enquanto, não há previsão de recuo da medida. A expectativa é que, com as novas ações, o município consiga aliviar a pressão sobre o sistema de saúde e garantir atendimento adequado a todos que precisam. Veja também Alta nos casos de COVID-19 leva Governo Municipal a retomar o uso obrigatório de máscaras em São Gabriel da Cachoeira.