Gestante de 36 anos morre com suspeita de dengue em Buritama: recém-nascido permanece em UTI

Última atualização: 30/01/2025

Uma gestante de 36 anos, que estava na 33ª semana de gravidez e integrava o grupo de risco, faleceu na última sexta-feira (24) em Buritama, interior de São Paulo, após complicações suspeitas de dengue. De acordo com relatos médicos, a mulher foi inicialmente atendida no Pronto-Socorro local, mas seu estado de saúde exigiu transferência urgente para a Santa Casa de Araçatuba. Lá, um teste rápido detectou a presença do vírus da dengue, agravando o cenário clínico.

Decisão emergencial salva bebê

Diante da deterioração rápida do quadro da paciente, a equipe médica optou por antecipar o parto na quarta-feira (22). O recém-nascido, ainda prematuro, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa, sob monitoramento constante. A mãe, entretanto, não resistiu às complicações e veio a óbito dois dias após o procedimento.

Exames buscam confirmação do diagnóstico

Para esclarecer as causas exatas da morte, amostras de sangue da gestante foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, referência em análises epidemiológicas no estado. O resultado é aguardado para confirmar ou descartar a relação direta entre a dengue e o óbito. Autoridades de saúde destacam que a doença, em gestantes, pode levar a complicações como hemorragias e falência de órgãos, exigindo intervenções rápidas.

Cenário epidemiológico preocupa

Buritama já contabiliza 174 casos confirmados de dengue em 2025, segundo dados da Prefeitura. O número acende um alerta para o avanço da doença na região, especialmente em um período tradicionalmente crítico para a proliferação do Aedes aegypti. A Secretaria Municipal de Saúde reforçou a necessidade de eliminação de criadouros e intensificou campanhas de conscientização para evitar novos surtos.

Enquanto a investigação laboratorial segue em curso, familiares e moradores da cidade aguardam respostas que possam trazer clareza sobre o caso. A tragédia reforça a importância de medidas preventivas e do acesso rápido a atendimento médico especializado, principalmente para grupos vulneráveis, como gestantes e idosos. Ver também Dengue em São Paulo: 17 mortes confirmadas nos primeiros 28 dias do ano.

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