Hospital Risoleta Neves enfrenta segundo dia de superlotação crítica

Última atualização: 23/01/2025

A crise no Hospital Risoleta Neves, localizado na região norte de Belo Horizonte, chegou ao segundo dia consecutivo de superlotação. Apesar de ter capacidade para atender 90 pacientes simultaneamente, a unidade registrou 180 pacientes na última quarta-feira (22) e iniciou a quinta-feira (23) com 136 pacientes ainda aguardando atendimento. Essa situação reflete não apenas o esgotamento da infraestrutura hospitalar, mas também a sobrecarga do sistema de saúde pública da capital mineira, afetando diretamente a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes.

Esforços para gerenciar a crise

A administração do hospital, sob a gestão da Fundação Mendes Pimentel (Fundep) da UFMG, descreveu a situação como crítica. Para aliviar a pressão, os pedidos de transferência das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) Norte, Pampulha e Venda Nova estão sendo analisados caso a caso. Além disso, a Secretaria de Saúde de Belo Horizonte (SMSA-BH) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) têm redirecionado pacientes para outras unidades hospitalares.

Pacientes sofrem com longas esperas

Mesmo com essas medidas, o atendimento no Risoleta permanece comprometido. Pacientes relatam longas esperas e a ausência de previsões para cirurgias essenciais. Um exemplo emblemático é o caso de um idoso diabético que precisa de cirurgia vascular devido ao entupimento de veias. Encaminhado pela UPA Venda Nova, ele recebeu classificação verde e ainda não tem data para o procedimento.

Compromisso com a qualidade em meio à crise

Em nota, a direção do hospital expressou pesar pelos transtornos enfrentados pela população e reafirmou seu compromisso com a prestação de assistência segura e de qualidade, mesmo em um cenário desafiador.

Crise na Saúde Pública: um problema sistêmico

A superlotação no Risoleta Neves não é um caso isolado, mas um reflexo de uma crise estrutural na saúde pública de Belo Horizonte e do estado de Minas Gerais. O episódio destaca a necessidade urgente de investimentos e planejamento estratégico no setor para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a um atendimento de saúde digno e eficiente.

Este cenário exige uma resposta imediata e coordenada das autoridades para evitar o agravamento das condições de atendimento e proteger a saúde da população. Veja também Doméstica baleada por delegado luta pela vida após nova cirurgia no DF.

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