Idosa de 100 anos é levada em cadeira de rodas após falecer em casa na Zona Norte do Rio

Última atualização: 22/01/2025

Rio de Janeiro – Na manhã desta quarta-feira (22 de janeiro), por volta das 10h59, pedestres e comerciantes da Rua Cândido Benício, no bairro Campinho, Zona Norte do Rio de Janeiro, foram surpreendidos por uma cena inusitada e comovente: um homem empurrava a cadeira de rodas em que estava o corpo de sua mãe, a idosa Aurora do Nascimento Marques, de 100 anos, já sem vida.

Segundo informações apuradas no local, Aurora teria sofrido um mal súbito na terça-feira (21), vindo a óbito em sua residência. De acordo com o relato do filho, que não teve a identidade divulgada, ele aguardou por horas a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a constatação oficial da morte. Diante da demora, o homem decidiu, por conta própria, levar o corpo da mãe até o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Praça Seca, a fim de obter amparo e orientações sobre os procedimentos pós-óbito, utilizando a mesma cadeira de rodas que a idosa costumava usar em vida.

No trajeto pela Rua Cândido Benício, moradores se surpreenderam com a cena e acionaram as autoridades. Policiais do 18º BPM (Jacarepaguá) abordaram o homem e imediatamente chamaram a perícia. O corpo de Aurora foi, então, encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML), onde passará por exames que poderão atestar com exatidão a causa da morte, embora o filho acredite que tenha sido um mal súbito.

Em nota, a Polícia Civil informou que investiga o caso para esclarecer todos os detalhes, incluindo as circunstâncias do falecimento e o motivo pelo qual o filho optou por conduzir o corpo pela via pública. O resultado das diligências e o laudo do IML ajudarão a confirmar a versão apresentada pelo homem.

O que diz a Secretaria Municipal de Assistência Social – CRAS

A Secretaria Municipal de Assistência Social ressaltou que o CRAS Gonzaguinha, na região, está à disposição para prestar apoio à família, oferecendo, entre outros serviços, encaminhamento para assistência funerária gratuita caso seja necessário. Esse tipo de serviço consiste em orientar e custear os trâmites de sepultamento para famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social.

Enquanto o caso segue em investigação, moradores da região relataram choque e preocupação com o incidente. “Foi muito triste ver uma cena dessas. Acho que ninguém espera presenciar algo assim na rua. Espero que a família receba o apoio necessário”, comentou uma comerciante local que preferiu não se identificar.

A Prefeitura do Rio de Janeiro ainda não se manifestou oficialmente sobre a alegação de demora no atendimento do Samu. No entanto, a recomendação das autoridades é que, em situações de óbito em casa, os familiares acionem o atendimento médico imediatamente e procurem os órgãos competentes para evitar transtornos, tanto na verificação das causas da morte quanto nos procedimentos legais posteriores.

O caso segue em apuração, e novas informações deverão ser divulgadas após a conclusão dos trabalhos de perícia e investigação por parte da Polícia Civil. Enquanto isso, a família aguarda a liberação do corpo da idosa pelo Instituto Médico-Legal para dar continuidade ao sepultamento e às despedidas formais de Aurora do Nascimento Marques, marcando o encerramento de seus 100 anos de vida. Ver Ação Social promovida pelo Instituto e parcerias.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *