Impacto da gratuidade do Farmácia Popular para cidadãos e comerciantes

Última atualização: 17/03/2025

O programa Farmácia Popular passou por uma reformulação significativa, impactando diretamente tanto a população quanto os comerciantes do setor farmacêutico. Desde fevereiro de 2025, o governo federal passou a custear integralmente os 41 medicamentos oferecidos pelo programa, eliminando a modalidade de copagamento, onde o Estado arcava com uma porcentagem do valor e o restante ficava a cargo do cidadão. Com essa mudança, o governo extinguiu o antigo modelo e passou a cobrir integralmente os custos, o que trouxe benefícios aos pacientes, mas também levantou preocupações entre os proprietários de farmácias credenciadas.

Repercussão entre os comerciantes

Para as farmácias credenciadas, a alteração no modelo de pagamento representa um desafio financeiro. Enquanto os consumidores celebram o acesso gratuito aos medicamentos, alguns farmacêuticos alegam que o valor repassado pelo governo não cobre integralmente os custos de aquisição dos produtos.

Pequenos estabelecimentos, em particular, enfrentam dificuldades devido à falta de margem de lucro que antes existia no modelo de copagamento, onde era possível cobrar a diferença entre o valor subsidiado pelo governo e o preço de venda.

Diferença de custos e o impacto nas farmácias menores

Especialistas do setor apontam que a nova política favorece as grandes redes farmacêuticas, que possuem maior poder de barganha na negociação de preços junto aos fornecedores. Pequenos comerciantes, por outro lado, podem ser obrigados a descredenciar suas farmácias do programa ou mesmo interromper a oferta de determinados medicamentos. Um dos exemplos citados é o forxiga (dapagliflozina), usado no tratamento da diabetes. O governo paga R$ 118,50 por uma caixa de 30 comprimidos, mas farmácias menores relatam que o preço de aquisição do produto pode variar entre R$ 140 e R$ 160, o que inviabiliza a venda sem prejuízo financeiro.

O Ministério da Saúde defende que o novo modelo amplia o acesso aos medicamentos e reduz desigualdades no atendimento à saúde, uma vez que muitas pessoas antes não tinham condições de arcar com o copagamento. O governo também afirma que os valores de repasse foram calculados com base no preço médio de mercado e que a revisão periódica dos valores está prevista para ajustes futuros.

Perspectivas para o Futuro

A discussão sobre a viabilidade do programa segue em curso, com entidades do setor farmacêutico buscando alternativas para manter a sustentabilidade econômica das farmácias credenciadas. Enquanto consumidores se beneficiam do acesso gratuito aos medicamentos, o setor farmacêutico avalia os impactos financeiros e negocia possíveis revisões nos valores pagos pelo governo. O futuro do Farmácia Popular e seu impacto no mercado seguirão sendo monitorados de perto por especialistas e autoridades. Ver Farmácia Popular amplia gratuidade e passa a oferecer 41 medicamentos e itens sem custo.

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