Última atualização: 20/01/2025
No último domingo, 19 de janeiro, o Brasil perdeu um dos maiores ícones do jornalismo esportivo. João Baptista Belinaso Neto, mais conhecido como Léo Batista, faleceu aos 92 anos no Rio de Janeiro. Com uma voz marcante e uma carreira que atravessou décadas, ele estava internado desde 6 de janeiro no Hospital Rios D’Or, na Zona Oeste da cidade, enfrentando um diagnóstico de tumor no pâncreas. Ver O que é o câncer de orofaringe e como o HPV está relacionado?
O oncologista Jorge Abissamra Filho, em entrevista, destacou aspectos importantes sobre o caso e sobre o avanço do câncer de pâncreas na população idosa. Segundo o especialista, essa doença é rara antes dos 30 anos, mas sua incidência aumenta significativamente com o passar dos anos. De acordo com a União Internacional Contra o Câncer (UICC), a taxa de casos salta de 10 para 116 por 100 mil habitantes entre as faixas etárias de 40-50 e 80-85 anos.
Um diagnóstico silencioso
O câncer de pâncreas, como descrito pelo médico, frequentemente se apresenta como uma doença silenciosa em seus estágios iniciais. Isso dificulta o diagnóstico precoce, já que os sintomas muitas vezes só aparecem quando o tumor já está em estado avançado. Léo Batista foi internado com dores abdominais e desidratação, sintomas comuns em casos já avançados dessa condição.
“O tratamento varia dependendo do tipo de tumor e do estágio em que se encontra. Ele pode incluir cirurgia, quimioterapia e manejo de complicações, como obstruções biliares”, explicou o Dr. Abissamra. Essa complexidade no tratamento reflete os desafios enfrentados pelos médicos e pacientes diante de uma das formas mais agressivas de câncer.
Uma trajetória marcante
Léo Batista não era apenas uma voz icônica; ele era uma referência no jornalismo esportivo brasileiro. Por décadas, ele esteve presente nas telas e nos rádios, narrando momentos inesquecíveis do esporte nacional. Sua presença trouxe credibilidade e emoção para transmissões que marcaram gerações de brasileiros.
Em vida, Léo foi mais do que um jornalista; foi um cronista da paixão esportiva do país, um profissional comprometido com a verdade e com o entretenimento de qualidade. Sua morte deixa um vazio no coração dos fãs e colegas de profissão.
Reflexões sobre a saúde da população idosa
A morte de Léo Batista também traz à tona a discussão sobre os desafios da saúde em idades avançadas. O envelhecimento aumenta o risco de várias doenças, incluindo o câncer. É um lembrete da importância do cuidado preventivo e do acesso a diagnósticos precoces.
A comunidade médica enfatiza a necessidade de maior conscientização sobre os sinais e sintomas de doenças graves em idosos. “A educação sobre saúde e o investimento em políticas públicas voltadas para o envelhecimento saudável são essenciais”, concluiu Abissamra.
O legado de Léo Batista permanece vivo na história do jornalismo esportivo e na memória dos que tiveram o privilégio de acompanhar sua brilhante carreira. Seu falecimento é um marco para refletirmos sobre os desafios e avanços necessários na área da saúde e na valorização da vida em todas as suas etapas.
