Devido ao baixo custo dos medicamentos genéricos, muitas pessoas acabam se questionando sobre sua qualidade.
Maria Aparecida Nicoletti, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, explica a diferença entre os remédios de referência, genéricos e similares e esclarece dúvidas sobre a efetividade dos fármacos.
A partir do momento em que a patente de um remédio inovador expira, este torna-se um medicamento de referência. Os genéricos são classificados como a cópia do medicamento de referência. Já os denominados similares são aqueles que apresentam diferenças pontuais em relação aos referentes, as quais não impactam na segurança, efetividade e qualidade do fármaco.
A principal diferença entre tais medicamentos é o preço, o que pode ser explicado devido ao alto custo de fabricação de um novo remédio. São cerca de dez anos desenvolvendo novas fórmulas e realizando diversos testes em indivíduos voluntários, o que demanda grande investimento monetário. Os medicamentos genéricos são apenas uma cópia, não havendo necessidade de realizar novos testes de segurança e efetividade, fator que reduz seu preço.
Apesar da terminologia “genérico” ser usada diversas vezes de forma equivocada, tal medicamento é tão efetivo quanto qualquer outro. Deve-se desmistificar do imaginário popular a ideia de que o genérico possui qualidade inferior.
Fonte: USP