Última atualização: 17/04/2025
A morte repentina de uma criança de apenas 6 anos, identificada como Maria Eduarda Ferreira da Silva, causou profunda comoção em Cidade Ocidental, no entorno do Distrito Federal. A menina, que apresentava uma crise de asma, procurou atendimento médico junto à mãe em uma unidade de saúde do município. Pouco tempo após a administração de uma medicação intramuscular, seu estado de saúde se agravou bruscamente, culminando em seu falecimento. A família atribui o óbito à possível aplicação inadequada do medicamento e exige apuração rigorosa dos fatos.
Criança chegou com dor no peito e foi rapidamente atendida
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Maria Eduarda deu entrada na Unidade Básica de Saúde na manhã de terça-feira (15), por volta das 7h17. A mãe relatou que a menina acordou reclamando de forte dor no peito e falta de ar, sintomas condizentes com suas crises asmáticas anteriores. Após triagem inicial às 7h26, a criança foi prontamente encaminhada para atendimento médico às 7h37, onde se identificou um quadro classificado como crise asmática exacerbada.
Conforme relatado pelas autoridades de saúde, a conduta médica incluiu a aplicação de 100 mg de hidrocortisona por via intramuscular. Contudo, poucos minutos após a administração da substância, Maria Eduarda perdeu a consciência.
Apesar dos esforços da equipe, que realizaram manobras de reanimação por cerca de duas horas, a paciente não respondeu aos procedimentos e foi declarada morta às 9h50.
Versão da família aponta falha médica
Em depoimento comovente à imprensa, a mãe da menina acusou a equipe médica de negligência. Segundo ela, o profissional de saúde responsável teria sido alertado de que a criança nunca havia recebido esse medicamento por via intramuscular, e sim via intravenosa, associada ao soro. Ainda assim, o protocolo escolhido foi mantido.
“Foi o tempo de ela tomar o remédio, eu virei as costas e ela caiu em cima de mim”, relatou a mãe, em lágrimas. Ela exige justiça e afirmou que a filha era saudável, alegre e não apresentava alergias ou comorbidades conhecidas.
Secretaria de Saúde colabora com investigações
A Secretaria de Saúde lamentou o ocorrido e afirmou que está prestando total apoio à família. Diante das circunstâncias e da gravidade do caso, a pasta orientou os familiares a registrarem um boletim de ocorrência para que o Instituto Médico Legal (IML) ou o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) possam realizar os exames periciais necessários.
Os prontuários e documentos médicos, incluindo o Gráfico de Atendimento de Enfermagem (GAE), serão disponibilizados às autoridades investigativas.
Polícia Civil apura a suspeita de erro médico
A Polícia Civil de Goiás já iniciou a apuração da morte de Maria Eduarda. Uma equipe esteve na unidade de saúde para recolher documentos e ouvir relatos dos profissionais envolvidos no atendimento.
A corporação informou que aguarda o laudo pericial do IML, que deverá esclarecer a causa da morte e indicar se houve falha na conduta médica. Os profissionais de saúde que participaram do procedimento serão ouvidos nos próximos dias.
Caso reacende debate sobre protocolos de emergência em pediatria
A morte de Maria Eduarda reacende a discussão sobre a segurança dos protocolos de atendimento emergencial em crianças com doenças respiratórias crônicas.
Especialistas alertam que, embora a hidrocortisona seja comumente utilizada no manejo de crises asmáticas, a via de administração e a resposta individual de cada paciente exigem rigorosa avaliação clínica e histórico detalhado, especialmente em pediatria.
Repercussão e comoção na comunidade local
A tragédia abalou moradores da cidade e gerou manifestações de solidariedade nas redes sociais. Amigos, familiares e vizinhos prestaram homenagens à menina, descrita como alegre e cheia de vida. A comunidade local agora clama por respostas e reforça a importância de se garantir mais segurança nos atendimentos de urgência pediátrica.
O caso segue sendo investigado, e a população aguarda os resultados dos exames periciais para que responsabilidades sejam apuradas. A família de Maria Eduarda afirma que não vai descansar até que a morte da filha seja completamente esclarecida. Enquanto isso, a dor da perda precoce continua marcando a rotina de quem conviveu com a criança. Veja também Descoberta inesperada: diagnóstico de doença rara em bebê surge após morte de príncipe europeu.