O herpes genital é uma doença sexualmente transmissível causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) ou tipo 2 (HSV-2).
O herpes genital é uma doença comum?
Estima-se que 776.000 pessoas se infectem anualmente com o herpes nos Estados Unidos, ou seja, o herpes genital é uma infecção comum. 16% dos americanos com 14 a 49 anos, ou cerca de um a cada seis, apresentam infecção genital pelo HSV-2. Na década passada esse número permaneceu estável. Um estudo realizado no Rio de Janeiro evidenciou uma soroprevalência de quase 30% entre doadores de sangue.
A transmissão do homem para a mulher é seis vezes mais comum que a transmissão da mulher infectada para o homem. Por esse motivo, o herpes genital é mais comum em mulheres (cerca de um a cada cinco mulheres de 14 a 49 anos) que entre homens (cerca de um a cada nove de 14 a 49 anos).
Quais os sintomas do herpes genital?
A maioria das pessoas infectadas pelo HSV-1 ou HSV-2 não apresentam sintomas, ou apresentam sintomas ou apresentam sintomas muito leves que são confundidos com alguma outra doença ou que passam despercebidos. Por isso, a maioria das pessoas infectadas com o HSV-2 não o sabe. Quando surgem os sintomas, tipicamente há bolhas nos órgãos genitais, ânus ou boca. As bolhas rompem e se transformam em úlceras (feridas) dolorosas que podem levar 2 a 4 semanas para cicatrizar totalmente. Quando esses sintomas aparecem, denomina-se uma erupção. Na primeira erupção também pode haver sintomas semelhantes a uma gripe, como febre e dor no corpo.
Como se contrai o herpes genital?
A infecção pelo herpes é adquirida através de uma relação sexual. “Relação sexual” pode ser sexo anal, vaginal ou oral. O HSV-1 e o HSV-2 podem ser encontrados e eliminados pelas úlceras causadas pelos vírus. Em geral o HSV-2 só é transmitido pelo contato sexual com alguém que tenha uma infecção genital pelo HSV-2. A transmissão pode ocorrer a partir de um parceiro infectado que não apresenta uma ferida visível e pode não saber que está infectado.
O HSV-1 também pode causar úlceras genitais e infecções na boca e lábios. A infecção genital pelo HSV-1 é o resultado do contato da boca com a região genital, ou pelo contato entre regiões genitais com uma pessoa infectada pelo HSV-1.
O herpes genital pode causar úlceras genitais dolorosas em muitos adultos e pode ser grave em pessoas imunodeficientes. Se um indivíduo com herpes genital tocar uma úlcera ou o liquido que dela sai, pode transferir o herpes para outras partes do corpo. Isso é particularmente problemático se o herpes contaminar uma região sensível, como os olhos. Isso pode ser evitado não se tocando nas úlceras ou no fluido. Caso se toque uma úlcera, a lavagem imediata das mãos torna a transferência menos provável.
Alguns pacientes que contraem o herpes genital têm dúvidas sobre seu impacto em sua saúde, vida sexual e relacionamentos. É melhor conversar com um médico sobre esses problemas, mas também é importante notar que mesmo não sendo curável, o herpes é uma doença que pode ser controlada, até certo ponto.
Qual a relação entre o herpes genital e o HIV?
O herpes genital pode formar úlceras na pele o nas mucosas (o revestimento interno da boca, vagina e reto). Essas úlceras sangram com facilidade. Quando as úlceras entram em Contato com a boca, vagina ou reto, elas aumentam a chance de transmissão do HIV, caso algum dos parceiros esteja infectado pelo HIV.
Como o herpes genital afeta uma gestante ou o seu bebê?
É fundamental que as mulheres grávidas infectadas pelo HSV-1 ou HSV-2 relatem ao seu medico a exposição ou o diagnóstico prévios. Por vezes, a infecção pelo herpes genital pode levar ao abortamento ou ao parto prematuro. O herpes também pode ser transmitido da mãe para o filho e resultar em herpes neonatal, que é uma infecção grave e potencialmente letal. É muito importante que as mulheres evitem a contaminação pelo herpes durante a gravidez.
Uma mulher com herpes genital pode receber medicação antiviral a partir das 36 semanas de gestação para reduzir o risco de uma erupção. No momento do parto deve-se realizar uma cesariana caso haja Sintomas sugestivos de herpes genital em atividade.
Como se diagnostica o herpes genital?
Os médicos podem diagnosticar o herpes genital pela inspeção visual se a erupção for típica. Além disso, é possível colher material da úlcera e testá-lo. No período entre erupções, é possível fazer o diagnóstico por exames de sangue.
Há cura ou tratamento para o herpes?
Não existe tratamento que cure o herpes. As medicações antivirais podem, contudo, prevenir ou abreviar as erupções durante o período em que o paciente faz uso das medicações. O tratamento supressivo também pode reduzir a probabilidade de transmissão para os parceiros.
Como se pode prevenir o herpes?
O uso correto e contínuo de preservativos pode reduzir o risco de transmitir o herpes genital, já que os sintomas do herpes genital costumam surgir em locais que são cobertos pelo preservativo. Todavia, as erupções também podem surgir em locais que não são cobertos pelo preservativo.
A melhor maneira de evitar a contaminação pelas doenças sexualmente transmissíveis, inclusive o herpes genital, é a abstinência sexual ou estar em um relacionamento mutuamente monógamo, de longa duração, com um parceiro que já foi testado e que não está infectado.
Os pacientes com herpes devem se abster de atividade sexual quando úlceras ou outros sintomas de herpes estiverem presentes. É importante saber que mesmo na ausência de quaisquer sintomas é possível a transmissão para o parceiro. Os parceiros de pacientes infectados devem saber que podem se infectar e que devem usar preservativos para reduzir esse risco. Os parceiros devem se testar para saber se estão infectados com o HSV.