Muitos homens, ou por medo ou por mito, tem uma verdadeira aversão sobre esse tema.
Segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a disfunção erétil, também conhecida como impotência sexual, é o segundo problema de saúde mais temido pelos homens, e que cerca de 10 milhões de homens apresentam problemas de ereção no país e muitos vão se defrontar com a condição ainda este ano.
Outra pesquisa realizada pelo Projeto de Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP) mostra que 70% dos pacientes com disfunção não pensam nem em buscar ajuda com um especialista e que dos 40 e 46% dos brasileiros que apresentam algum grau de disfunção erétil, apenas 20% não obtêm resultados com tratamentos.
CAUSAS DA IMPOTÊNCIA MASCULINA
CAUSAS PSICOLÓGICAS:
Ansiedade;
Depressão;
Fadiga;
Culpa;
Stress;
Problemas maritais;
Problemas financeiros;
Ansiedade por desempenho;
Excessivo uso de álcool;
Conflitos de identidade sexual, preferência e orientação sexual.
CAUSAS FÍSICAS:
Álcool – Em pequenas doses pode servir de estimulante do desejo sexual mas, em alta quantidade começa a apresentar efeitos danosos à ereção pois os músculos entram em processo interno de relaxamento.
Fumo – O tabagismo é fator de risco para desenvolvimento de arteriosclerose nas artérias penianas. O fumo acelera danos arteriais devido à aceleração da arteriosclerose direta na íntima pela diminuição dos níveis do colesterol HDL.
Colesterol – O aumento de colesterol, decorrente de altas doses de gordura na alimentação também causa a obstrução da circulação do pênis levando à impotência.
Efeito colateral de Cirurgias e Traumas – A cirurgia de próstata pode ter como consequência o problema da Impotência Sexual.
Drogas – As drogas, tais como Maconha, Crack, Cocaína, etc., acarretam de forma sensível a parte sexual do indivíduo. Há uma enorme redução da parte circulatória da região peniana, levando o indivíduo a ter problemas sérios de ereção.
QUEM ESTAR PROPENSO A USAR PRÓTESE PENIANA?
Pacientes que usem remédios inibidores e não tem uma ereção de qualidade, como o Viagra;
Pacientes que falharam com a medicação, com as injeções ou que tenha aversão a essas aplicações penianas;
Pacientes que operaram a próstata, pois nessa cirurgia há grandes chances de ser lesado o nervo que funciona para ativar a ereção, e lesando esse nervo, o paciente irá ter uma disfunção erétil mais grave e o tratamento em geral será a colocação da prótese peniana;
Pacientes que tenham a doença de Peyronie, que são pacientes que tem a Curvatura Peniana Adquirida.
Todos esses pacientes que tenham esses sintomas acima, que foram investigados, que falharam com outros tratamentos tem a indicação para colocar a prótese.
A prótese peniana e altamente eficaz, tem baixo índice de complicação, tem um índice de satisfação de 95% pelos pacientes e pelas esposas dos pacientes, é uma cirurgia rápida, a anestesia pode ser local ou geral, o tempo de internação é de 12 a 24 horas, e o retorno as práticas sexuais é de 4 a 6 semanas.
TIPOS DE PRÓTESES
A maleável: composta de dois cilindros flexíveis colocados dentro do pênis. Ela cria uma ereção permanente e é posicionada para permitir a penetração e a relação sexual. São mais acessíveis, por terem cobertura dos convênios, e mais fáceis de manusear, mas podem causar constrangimentos sociais, por manter o pênis sempre ereto. Ela tem a vantagem de não apresentar vazamentos líquidos, nunca parar de funcionar e ter uma baixa necessidade de troca, principalmente quando comparada aos modelos infláveis.
A inflável: A maior vantagem desse tipo de prótese é a possibilidade de inflar e retomar a flacidez do pênis quando for mais conveniente para você. Isso faz muitos homens considerá-la a mais discreta, porém, ela tem um funcionamento meticuloso e necessita atenção. Ela simula o mecanismo natural de funcionamento do pênis, permitindo uma ereção totalmente rígida. Para obter uma ereção, o homem aperta a bombinha que fica dentro do saco escrotal e o soro do reservatório é transferido para o pênis, causando a ereção. Após a relação sexual, o homem aciona a bombinha e o pênis volta para o estado de flacidez.
A articulável: ela pode ser dobrada mais facilmente que a maleável, também é revestida por silicone e facilita ainda mais o ocultamento da ereção. No entanto, as pequenas seções articuladas que compõem a prótese contribuem para um cenário de menor firmeza na penetração, que também chamamos de baixa rigidez vertical ou axial. Trata-se de um modelo de implante peniano menos popular que os demais.
Nem sempre a opção de prótese mais cara é a melhor. Cada paciente que precisa de uma prótese peniana é examinado de forma individualizada, por meio de algumas perguntas e um exame com ereção induzida artificialmente, associado à um ultrassom de alta definição para avaliar as estruturas internas do pênis. Assim é possível entender as causas da falta de rigidez, se houve alguma perda de tamanho do pênis e as condições associadas à esta diminuição, para definir qual o tipo de prótese mais adequada.
Cerca de 93% dos pacientes com implantes estão moderadamente ou totalmente satisfeitos, já aproximadamente 51% dos pacientes que utilizam tratamentos via oral estão parcialmente ou totalmente satisfeitos e 40% dos pacientes com auto aplicações estão moderadamente ou totalmente satisfeitos, segundo pesquisas realizadas.
O Dr. Carlos Araújo, médico especializado no implante de próteses penianas, diz que o preconceito ainda é o maior inimigo. “A vergonha afasta os pacientes dos tratamentos e impede que eles tenham acesso aos medicamentos ou até mesmo às cirurgias que podem reverter o caso, se necessário”, afirma o médico.
“Muitos homens se acostumam com a doença e acham que os remédios que provocam a ereção bastam para resolver o problema quando, muitas vezes, eles apenas mascaram. Ao decidir lidar com a disfunção, a qualidade de vida do homem já melhora e hoje os tratamentos são muito eficientes.
O mais importante é fazer o tratamento com um médico especialista, com experiência em reconstrução peniana, visando sempre o melhor resultado de tamanho e calibre do pênis. O diagnóstico e indicações são dados no momento da consulta presencial.
REFERÊNCIAS
1- Smith IA, McLeod N, Rashid P. Erectile dysfunction – when tablets don't work. Aust Fam Physician. 2010; 39(5):301-5.
2- Ralph D, McNicholas T. UK management guidelines for erectile dysfunction. BMJ. 2000 19; 321(7259): 499–503.
3- Montague DK. Penile prosthesis implantation in the era of medical treatment for erectile dysfunction. Urol Clin N Am 38 (2011): 217–225
4- Ministério da Saúde do Brasil. Portaria n° 130 de 25 de abril de 2000.