Tome cuidado com aplicativos que avaliam a sua

Os aplicativos que nos ajudam a lidar com o nosso bem-estar muitas vezes podem ser úteis e reconfortantes, mas até que ponto devemos confiar em um aplicativo para dispositivos móveis para nos dizer como lidar com nossas dificuldades de saúde mental?

De acordo com um estudo recente, os aplicativos de saúde mental geralmente superdiagnosticam seus usuários.

De acordo com nova pesquisa realizada pela Universidade de Sydney, na Austrália, pode haver alguns problemas importantes na forma como os aplicativos de saúde mental estão enquadrando a doença mental e o diagnóstico dos usuários.

A pesquisa, que foi publicada recentemente pela Academia Americana de Médicos de Família, consistiu em uma análise de conteúdo qualitativa de 61 aplicativos de saúde mental nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália.

Os pesquisadores conduziram uma análise interpretativa para identificar temas-chave nas várias aplicações, encontrando dois problemas principais no enquadramento dos aplicativos de saúde mental: identificar quem tem um problema de saúde mental e como o problema pode ser gerenciado.

Os pesquisadores primeiro notaram os problemas quando perceberam como os usuários estavam sendo diagnosticados pelos aplicativos. "Explicações sobre a saúde mental se concentraram em respostas anormais aos gatilhos leves", observaram os pesquisadores. "[Os aplicativos] tendiam a medicalizar estados mentais normais". Os pesquisadores também descobriram que os aplicativos "promoveram a responsabilidade pessoal" pela melhoria da saúde mental. "As estratégias terapêuticas incluíram relaxamento, orientação cognitiva e automonitoramento", descreve Lisa Parker, Ph.D. MBBS, de AAAS.

Naturalmente, quando se trata de saúde mental, confiar apenas na tecnologia tem suas limitações. Se um indivíduo está preocupado com seu estado emocional, procurar ajuda de um terapeuta é tipicamente uma boa escolha – mas se alguém se sente inclinado a consultar uma fonte on-line primeiro, um aplicativo de saúde mental é muitas vezes um recurso acessível.

Embora qualquer forma de autoajuda possa ser útil, Parker diz que geralmente é apenas um passo no enfrentamento da doença mental. "À luz da tremenda popularidade dos aplicativos de saúde mental", explica Parker, "os autores sugerem que os médicos enfatizem aos pacientes que a auto-ajuda é apenas um aspecto de uma abordagem de saúde mental de apoio".

Publicado originalmente na Thrive Global.

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