Última atualização: 17/01/2025
A raiva é uma das zoonoses mais perigosas do mundo, com uma taxa de letalidade próxima de 100% quando os sintomas se manifestam. Recentemente, o falecimento de uma mulher de 56 anos no Recife, após ser mordida por um sagui infectado, trouxe à tona a importância das medidas preventivas para evitar essa doença mortal.
O que é a raiva?
A raiva é uma infecção viral aguda que atinge o sistema nervoso central de mamíferos, incluindo humanos. A transmissão ocorre pela saliva de animais infectados, através de mordidas, arranhões ou lambidas em feridas ou mucosas. Mesmo após a morte do animal, a saliva infectada pode permanecer contagiosa por algum tempo, ampliando o risco de transmissão.
No Brasil, o único caso conhecido de sobrevivência ao vírus foi o de Marciano Menezes, em 2008, o que reforça a gravidade e a necessidade de prevenção.
Animais como vetores
Entre os principais transmissores da raiva no Brasil estão os morcegos, saguis, raposas e guaxinins. Entretanto, cães e gatos não vacinados também representam um risco significativo, tanto para outros animais quanto para seres humanos. Em áreas urbanas, a presença de morcegos infectados torna-se uma ameaça constante, especialmente para animais domésticos que não receberam imunização.
Prevenção pela vacinação
A vacinação anual de cães e gatos é a forma mais eficaz de prevenir a raiva. Além de ser gratuita, a imunização está amplamente disponível por meio das secretarias municipais de saúde em todo o país. Em Recife, por exemplo, a vacinação antirrábica pode ser agendada pelo aplicativo Conecta Recife e realizada no Centro de Vigilância Ambiental ou no Hospital Veterinário do Recife.
“Cães e gatos, mesmo que vivam exclusivamente dentro de casa, não estão imunes à raiva. A presença de morcegos infectados em áreas urbanas eleva o risco de contaminação”, destaca um especialista em saúde pública. A vacinação, portanto, não protege apenas os animais, mas também as pessoas que convivem com eles.
Medidas de prevenção
Além da vacinação, outras medidas são fundamentais para prevenir a doença:
- Evitar contato com animais silvestres: Embora possam parecer dóceis, esses animais podem estar infectados.
- Manuseio seguro de animais feridos: Use luvas ou materiais de proteção para evitar contato direto.
- Busca imediata por atendimento médico: Em caso de mordidas ou arranhões, lave a área com água e sabão e procure um posto de saúde para iniciar o tratamento profilático.
Objetivo Global: erradicar mortes por raiva canina até 2030
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a meta de eliminar as mortes humanas por raiva canina até 2030. Para atingir esse objetivo, é crucial que os esforços sejam intensificados na vacinação de animais e na educação da população sobre os riscos da doença.
A prevenção da raiva não é apenas uma questão de proteção animal, mas também de saúde pública. O caso recente no Recife reforça a importância de medidas simples, como a vacinação anual de cães e gatos, para proteger vidas humanas e animais. Com esforço conjunto, é possível minimizar os riscos e, quem sabe, erradicar essa doença fatal no futuro. Ver Transfusão de sangue pode ser feita em cães e gato.