É quando o homem sobre trauma na região do períneo, provocando sangramento na região do escroto e do períneo, lesão da uretra bulbar, ou seja, trauma uretral bulbar. Essa lesão (queda a cavaleiro), não afeta o esfíncter e nem o colo vesical.
O que é a queda a cavaleiro?
Trauma uretral é quando a uretra é ferida à força, por uma lesão provocada por trauma. A lesão de uretra é muito mais comum em homens, enquanto que nas mulheres ocorre menos de 2% dos casos.
Pode acontecer na uretra anterior ou posterior.
O trauma na uretra anterior, geralmente ocorre devido a lesões em pé. Isso pode ocorrer com um golpe forte no períneo. Este tipo de trauma pode levar a cicatrizes na uretra (“estenose uretral”). Essas cicatrizes podem retardar ou bloquear o fluxo de urina do pênis. A uretra bulbar é o segmento da uretra anterior mais comumente acometido e sua lesão associa-se, em geral, aos traumas diretos do períneo, com compressão deste seguimento uretral contra a pelve (o chamado “queda a cavaleiro”).
Trauma na uretra posterior, quase sempre resulta de uma lesão grave. Nos homens, o trauma uretral posterior pode romper completamente a uretra abaixo da próstata. Essas feridas podem formar tecido cicatricial que retarda ou bloqueia o fluxo de urina. A lesão de uretra posterior, de forma semelhante à lesão de bexiga, está associada à fratura de pelve, em que a disjunção osteoligamentar ou as espículas ósseas promovem secção uretral.
Tratamento da Lesão
A conduta clássica e mais simples é a realização de cistostomia supra-púbica isolada, sem manipulação da área traumatizada. A justificativa para tal conduta é a de que a manipulação imediata da bexiga e da próstata aumenta os riscos de impotência sexual e incontinência urinária e difi culta a reconstrução posterior nos casos de insucesso do tratamento inicial. Outra conduta que tem ganhado espaço e que se tornou o tratamento padrão inicial para o trauma de uretra posterior em muitos serviços é o realinhamento fechado pelo cateterismo uretral combinado.
Complicações
As complicações são geralmente secundárias ao diagnóstico tardio da lesão vesical. Extravasamento urinário
não tratado pode provocar uroascite, íleo paralítico, sepse, peritonite e abscesso. Lesões de colo vesical podem cursar com incontinência urinária, fístula persistente ou estenose e, em geral, são de difícil tratamento.
Prognóstico
Lesões uretrais nunca representam risco de vida, mas muitas vezes estão intimamente associadas a outras lesões traumáticas contundentes e penetrantes significativas com comorbidades significativas, que podem complicar o tratamento.
O prognóstico geralmente é bom, mas existem muitas sequelas de longo prazo bem documentadas. Nos casos que envolvem crianças, prever o prognóstico de uma lesão uretral é particularmente difícil. Os tecidos são menos desenvolvidos e, portanto, menos vascularizados. Uma avaliação da função sexual e continência entre crianças deve ser reservada para depois da puberdade.
