Última atualização: 14/01/2025
O caso do bolo envenenado em Torres, Rio Grande do Sul, ganhou novos contornos após revelações que incluem uma tentativa de envenenamento contra o próprio marido da principal suspeita, Deise Moura dos Anjos. Investigada por pelo menos 10 possíveis envenenamentos, Deise já está confirmada como responsável por quatro mortes e três tentativas de homicídio por meio do uso de arsênio, um veneno letal.
A tentativa de envenenamento do marido e do filho
Fontes próximas à família revelaram que, antes do episódio do bolo envenenado no Natal, Deise teria tentado envenenar o marido, Diego dos Anjos. No início de dezembro de 2024, ela ofereceu um suco de manga a Diego, que começou a passar mal logo após consumi-lo. O caso tomou proporções ainda mais graves quando o filho do casal, de apenas 10 anos, também ingeriu o líquido. Percebendo a situação, Deise teria induzido o menino a vomitar imediatamente, provavelmente para evitar suspeitas ou agravar a situação.
Apesar da gravidade, Diego sobreviveu, mas o episódio levantou mais suspeitas sobre a extensão dos atos de Deise e seu possível padrão de comportamento.
10 possíveis vítimas e a frieza de uma Serial Killer
Até o momento, as investigações confirmam quatro mortes causadas por envenenamento, incluindo as de Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva, Tatiana Denize Silva dos Santos e Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise. Além disso, três pessoas que sobreviveram, incluindo o filho e a sogra de Deise, também foram envenenadas.
O delegado Cleber Lima, responsável pelo caso, revelou que há outras três possíveis vítimas em investigação, ampliando o número de casos associados à suspeita. Segundo o delegado, “esta situação foge à criminalidade que estamos acostumados a atender”. Ele ainda destacou que Deise apresenta traços claros de psicopatia, demonstrando frieza e ausência de remorso, mesmo diante das evidências.
A psicologia por trás dos crimes
Deise Moura dos Anjos é descrita como uma pessoa metódica e manipuladora. Segundo os investigadores, ela escolhia suas vítimas com base em desavenças pessoais e relações familiares conturbadas. Disputas financeiras e ressentimentos acumulados parecem ter sido os gatilhos para seus atos, que foram executados de forma premeditada e calculada.
O uso do arsênio, uma substância inodora e insípida, foi o método escolhido por Deise para cometer os crimes. A polícia investiga se ela testava doses menores em alimentos e bebidas para estudar os efeitos do veneno antes de executá-los em maior escala.
Impacto e reações
O caso tem gerado perplexidade em todo o país. A frieza com que Deise teria manipulado situações familiares para envenenar pessoas próximas, incluindo o marido e o próprio filho, trouxe à tona questões sobre psicopatia e os limites da confiança em círculos familiares.
A polícia segue com as investigações para determinar a extensão completa dos atos de Deise e identificar todas as vítimas. O delegado Cleber Lima ressaltou a importância de uma análise minuciosa e do uso de perícia científica para garantir que todos os casos sejam solucionados.
O caso do bolo envenenado em Torres se tornou um marco na história criminal do Brasil, destacando a complexidade das relações humanas e os perigos ocultos que podem surgir dentro das próprias famílias. Enquanto o país acompanha com atenção os desdobramentos, a busca por justiça continua, trazendo à tona as consequências devastadoras de atos planejados com tamanha frieza e crueldade. Ver O Caso do bolo envenenado no Rio Grande do Sul: Intrigas, mistérios e desdobramentos.