Última atualização: 23/01/2025
Um marco no campo da ciência foi atingido por pesquisadores chineses, que relataram a reversão de sinais de envelhecimento em camundongos usando proteínas derivadas de células humanas. O estudo, publicado na renomada revista Nature, indica um potencial revolucionário para o desenvolvimento de terapias antienvelhecimento. Essa descoberta, segundo os cientistas, pode ser um passo crucial para o desenvolvimento de medicamentos que não apenas prolonguem a longevidade, mas também promovam qualidade de vida durante o envelhecimento.
Descobertas promissoras
Os cientistas estenderam a vida dos camundongos em cerca de quatro meses, o equivalente a 10% do tempo de vida típico desses animais. Além disso, melhorias significativas foram observadas na cognição, capacidade física e regeneração de pelos. O tratamento concentrou-se em combater a senescência celular, um estágio em que as células perdem a capacidade de se dividir e começam a liberar substâncias que promovem inflamações e doenças.
O papel do miR-302b
O tratamento utilizou um microRNA chamado miR-302b, derivado de células-tronco embrionárias humanas. Essa molécula desempenha um papel crítico na regulação genética e mostrou-se eficaz ao ser incorporada em exossomos — pequenas partículas liberadas por células — para aplicação nos camundongos. Os testes foram realizados em animais com idades equivalentes a humanos entre 60 e 70 anos.
Impacto do tratamento
Os camundongos tratados demonstraram recuperação de pelos mais densos, maior resistência física e uma vida prolongada. “Os resultados mostram que o miR-302b não apenas aumenta a longevidade, mas também melhora a qualidade de vida ao reduzir os marcadores de envelhecimento”, explicou Guangju Ji, líder do estudo e biofísico do Instituto de Biofísica da Academia Chinesa de Ciências.
Perspectivas futuras
Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores alertam que mais estudos são necessários para entender como a técnica pode ser adaptada a humanos. Eles vislumbram o desenvolvimento de medicamentos que não apenas prolonguem a vida, mas melhorem sua qualidade.
Essa pesquisa alimenta a esperança de que o futuro traga uma nova era de envelhecimento saudável, colocando a ciência cada vez mais próxima de combater os desafios da idade. Veja também Exame físico do idoso: Avaliação integral para um cuidado centrado.