Última atualização: 25/03/2025
O desfecho trágico de uma jovem dentista baiana, baleada enquanto se dirigia ao trabalho, comoveu a população de Salvador e reacendeu discussões sobre segurança pública e vítimas colaterais da violência urbana. Larissa Azevedo Pinheiro, de apenas 28 anos, perdeu a vida após lutar por mais de uma semana internada em estado crítico. Ela foi atingida por uma bala perdida durante uma troca de tiros entre policiais e suspeitos na movimentada Avenida Paralela, uma das principais vias da capital baiana. A jovem estava na garupa de um mototaxista, a caminho de Candeias, quando foi surpreendida pelo confronto armado. Socorrida rapidamente, passou por cirurgia de emergência, mas não resistiu aos ferimentos.
Momento do crime e tentativa de socorro
O episódio aconteceu no dia 14 de março. Larissa seguia para o trabalho, como de costume, quando foi surpreendida por uma intensa perseguição policial iniciada no bairro de Trobogy. Policiais do Batalhão Apolo identificaram um veículo com placa clonada e suspeita de roubo, iniciando uma perseguição que resultaria em tiroteio com os ocupantes do carro.
Durante o confronto, Larissa foi atingida no tórax, com o projétil perfurando o pulmão. Ela foi levada às pressas ao Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), onde passou por cirurgia e foi internada na UTI.
Outras vítimas e desfecho da perseguição
Além da dentista, outras três pessoas ficaram feridas na ocorrência. Um assessor parlamentar foi atingido por estilhaços e dois suspeitos também foram baleados — um deles, identificado como Caio Felipe Reis Sande, conhecido como “Felipe Jogador”, morreu.
Os outros envolvidos conseguiram fugir a pé, embora um deles tenha sido localizado posteriormente pela polícia.
Luto e homenagens à jovem profissional
A morte de Larissa foi confirmada na noite do sábado, dia 22 de março, e anunciada pela família através das redes sociais. O velório e enterro ocorreram na segunda-feira (24), na cidade de Itamari, no sul do estado da Bahia. Familiares e amigos prestaram homenagens, ressaltando sua trajetória promissora e o impacto da sua partida precoce. Durante a final do Campeonato Baiano, realizada no domingo (23) entre Bahia e Vitória, um minuto de silêncio foi respeitado em sua memória, com sua imagem exibida no telão do estádio Barradão.
Larissa perdeu muito sangue após ser baleada e, apesar dos esforços médicos e das doações de sangue mobilizadas por familiares e amigos, sua condição era considerada gravíssima desde o início. O caso gerou grande comoção nas redes sociais e trouxe à tona o debate sobre a insegurança nos deslocamentos cotidianos, especialmente em áreas de grande circulação e histórico de violência. Veja também Surto global de sarampo reacende alerta sobre vacinação e saúde pública.