Enquanto o piso da enfermagem é negado, empresários da saúde enriquecem

Enquanto o piso da enfermagem é negado, empresários da saúde enriquecem

Entre os empresários da saúde, temos o cardiologista Jorge Moll Filho. Ele é criador da rede de hospitais particulares D’Or São Luiz. A riqueza de sua família, no período entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, aumento 500%. Esse crescimento financeiro, fez com que sua família se tornasse, uma das que mais lucraram durante a crise da pandemia, mostrando que, enquanto o piso da enfermagem é negado, empresários da saúde enriquecem.

A questão do piso salarial da enfermagem no Brasil e o enriquecimento dos empresários da saúde, é um tema de grande preocupação e debate no país. A aprovação da Lei nº 14.434/2022, define o pagamento do piso salarial para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, mas empresários alegam não ter como pagar.

A alegação dos empresários de que não podem pagar o piso da enfermagem, chegou até o Supremo Tribunal Federal (STF), o que abriu debate para o impacto financeiro tanto na rede privada quanto na pública. Enquanto a situação ainda não é resolvida, os empresários lucram em cima do trabalho dedicado da enfermagem.

A disparidade salarial entre diferentes profissionais de saúde e o enriquecimento de alguns empresários da saúde, podem ser sintomas de desigualdades mais amplas no sistema de saúde.

Ao mesmo tempo, é importante reconhecer que nem todos os empresários da saúde estão agindo de maneira predatória, e muitos contribuem de forma significativa para o avanço da medicina e do atendimento ao paciente. Os empresário e o próprio governo, não consegue entender, que o piso da enfermagem, ajuda que os pacientes tenham uma melhor assistência.

Empresários da saúde enriqueceram na pandemia

A pandemia do COVID-19, causou um aumento no número de bilionários no Brasil, com os super-ricos do país vendo sua riqueza aumentar em 71% durante a pandemia.

O Brasil saltou de 45 para 65 bilionários. Os 65 bilionários mais ricos do Brasil agora detêm aproximadamente R$ 1,2 trilhão, enquanto 19 milhões de pessoas no país passam fome.

Quatro dos 10 brasileiros mais ricos trabalham na saúde privada, que teve um crescimento significativo durante a pandemia, enquanto o sistema público de saúde tem dificuldades.

Jorge Moll Filho, cardiologista e fundador da rede privada de hospitais D’Or São Luiz, viu a fortuna de sua família aumentar em 500% entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, tornando sua família uma das maiores ganhadoras durante a pandemia.

Dulce Pugliese de Godoy Bueno, dona da seguradora de saúde Amil, quase dobrou sua fortuna durante a pandemia, enquanto seu filho Pedro de Godoy Bueno quase triplicou sua fortuna.

A família Koren de Lima, proprietária da operadora de saúde Hapvida, viu sua fortuna dobrar de US$ 4 bilhões para US$ 8,8 bilhões durante a pandemia.

A saúde privada no Brasil registrou lucros significativos durante a pandemia, com as operadoras médico-hospitalares registrando um aumento de 66% no lucro líquido nos três primeiros trimestres de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019.

Algumas considerações sobre essa situação no contexto brasileiro incluem:

  1. Luta pelo piso salarial da enfermagem: No Brasil, profissionais de enfermagem, como enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, lutam há anos, pela aprovação de um piso salarial que garanta uma remuneração justa pelo trabalho que realizam. Os profissionais de enfermagem desempenham um papel crucial no sistema único de saúde e enfrentam longas jornadas de trabalho e alta carga emocional.
  2. Planos de saúde e hospitais privados: No Brasil, há um mercado significativo de planos de saúde privados e hospitais particulares. Essas empresas, podem gerar grandes lucros para seus proprietários e acionistas, enquanto os profissionais de enfermagem que trabalham nesses estabelecimentos, nem sempre são adequadamente remunerados.
  3. Desigualdades no sistema de saúde brasileiro: O sistema de saúde brasileiro, é caracterizado por desigualdades significativas entre os setores público e privado. O Sistema Único de Saúde (SUS), enfrenta desafios, como financiamento insuficiente e falta de infraestrutura. O setor privado, atrai investimentos e oferece serviços de alta qualidade, para aqueles que podem pagar. Essa disparidade, pode contribuir para o enriquecimento de alguns empresários da saúde e perpetuar as desigualdades salariais entre os profissionais de saúde.
  4. Papel do governo e políticas públicas: O governo brasileiro, tem a responsabilidade de abordar essas desigualdades e garantir condições de trabalho justas e dignas para os profissionais de enfermagem. Isso pode envolver a aprovação de um piso salarial para enfermagem, investimento no SUS e regulamentação das empresas de saúde privadas.

Embora a situação seja complexa, é fundamental que o Brasil continue trabalhando para abordar essas desigualdades no setor de saúde e garantir que todos os profissionais de saúde sejam adequadamente valorizados e remunerados.

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