As denúncias sobre médicos que marcam presença em seus postos de trabalho, mas não cumprem suas jornadas, têm sido um problema recorrente no sistema de saúde brasileiro. Diversas investigações já revelaram casos em que profissionais de saúde não apenas abandonam o local de trabalho, mas também se ausentam sem justificativa, enquanto seus nomes continuam nas escalas de plantão.
Em 2019, um escândalo em um hospital público de Belo Horizonte expôs uma rede de médicos que, mesmo registrados em escalas, não compareciam ao trabalho. A situação gerou uma onda de protestos entre os pacientes e os familiares, que se sentiram desamparados e abandonados. As investigações do Ministério Público resultaram na demissão de diversos profissionais e na implementação de medidas de controle mais rigorosas.
O caso do Hospital Heliópolis em São Paulo
Mais recentemente, o caso do Hospital Heliópolis, em São Paulo, trouxe à tona uma nova realidade alarmante. Em uma reportagem do SBT exibida em outubro de 2024, foi revelado que médicos batiam o ponto, mas deixavam o hospital antes de completar suas obrigações. O diretor do hospital, Abraão Rapoport, foi exonerado após a divulgação da investigação, que mostrava um médico abandonando o trabalho para ir às compras e outro se exercitando durante o horário de atendimento.
A exoneração de Rapoport
Essas irregularidades não apenas comprometem a qualidade do atendimento à população, mas também minam a confiança do público no sistema de saúde. A exoneração de Rapoport e as ações do Ministério Público são um sinal de que, embora as denúncias continuem surgindo, a fiscalização e a responsabilização dos profissionais são necessárias para garantir um serviço de saúde mais ético e eficaz.
A sociedade clama por soluções que evitem que esses problemas se perpetuem, garantindo que todos os pacientes recebam o cuidado que merecem.
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