Somos ensinados no curso de enfermagem, que o pulso, as respirações, a pressão arterial e a temperatura corporal de um paciente são essenciais para identificar a deterioração clínica.
Esses parâmetros devem ser medidos consistentemente e registrados com precisão.
Ao anotar essas informações no prontuário do paciente, elas devem ter data e horário de forma legível para fazer um balanço e uma avaliação nas últimas 24 horas.
O monitoramento de sinais vitais é uma tarefa repetitiva e demorada. A enfermagem mede e documenta milhares de sinais vitais normais durante o curso de sua carreira. Alguns profissionais vêem essa tarefa como tediosa e não-lucrativa, apesar de seu potencial para identificar conseqüências adversas significativas ou então alguns estão negligenciando o monitoramento de sinais vitais porque estão tentando equilibrar suas cargas de trabalho com os muitos procedimentos realizados durante um turno.
Nossa profissão ainda precisa estudar adequadamente e abordar a incapacidade, por parte de alguns auxiliares, técnicos ou enfermeiros de medir, registrar e interpretar de maneira confiável os sinais vitais. As possíveis razões para isso incluem cargas de trabalho excessivas, incapacidade de reconhecer a importância dos sinais vitais (particularmente o monitoramento respiratório) e a definição não clara da responsabilidade pela tomada de decisões da enfermagem. Os líderes e pesquisadores da prática de enfermagem, devem aprender mais sobre por que tantas enfermeiras não conseguem monitorar esses parâmetros de forma eficaz e propor soluções baseadas em evidências.
Programas de educação que ensinam enfermeiros a reconhecer e gerenciar a deterioração aguda do paciente podem ajudar – na medida em que enfatizam fortemente a necessidade de vigilância extra no monitoramento de sinais vitais. Mas a falta de conhecimento não é o principal problema. Nossos anos de observação da prática clínica e estudo da literatura nos levam a acreditar que o problema está na aplicação dessas habilidades de monitoramento. Profissionais de enfermagem estão sob fortes restrições de tempo e sobrecarregados com informações sobre muitos parâmetros de avaliação. Talvez seja necessário reduzir e focar as habilidades de avaliação e exame físico ensinadas ainda no curso. Devemos também dedicar atenção ao individualizar e personalizar a medição de sinais vitais e equipar melhor os enfermeiros para interpretar a informação que os sinais vitais fornecem, o que pode ser alcançado através da educação profissional continuada.
Profissionais da enfermagem trazem uma ampla habilidade e base de conhecimento para o serviço adequado, mas não há desculpa para negligenciar as ferramentas mais fundamentais à nossa disposição.
Quanto mais rápido reconhecermos isso para discutir e investigar essa situação, maior será a chance de termos uma enfermagem mais eficiente em nosso trabalho, o que poderia alavancar o valor dos cuidados prestados pela enfermagem.
Esse assunto poderia ser discutido por longas horas pois existem vários fatores envolvidos. Neste momento, queremos apenas enfatizar a importância da verificação dos Sinais Vitais em Enfermagem.
O QUE SÃO SINAIS VITAIS?
São parâmetros que avaliam a situação clínica geral do paciente com o objetivo de avaliar o estado clínico atual, prevenir as intercorrências clínicas do paciente e mensurar resultados clínicos.
Existem basicamente quatro sinais vitais implementada nos cuidados de enfermagem, havendo discussão sobre a inclusão da dor como o quinto sinal vital e do sofrimento como o 6º sinal vital.
1 – Temperatura corporal
2 – Pulso (ou frequência cardíaca)
3 – Pressão arterial
4 – Frequência respiratória
5 – Dor
6 – Sofrimento – em especial na área da oncologia
São necessários um termômetro, um esfigmomanômetro e um relógio para os poder avaliar.
Embora o pulso possa frequentemente ser avaliado manualmente, um estetoscópio pode ser requerido para um paciente com um pulso muito fraco.
Saiba mais sobre sinais vitais.